Sporting derrota Boavista
«Goru» é a palavra do momento em Alvalade (1x0)
Na língua japonesa, é assim que se pronuncia a palavra «golo». Na equipa do Sporting, também tem sido assim nos últimos dias. Tanaka voltou a ser decisivo, ao marcar o golo que derrotou o Boavista na Taça da Liga, se bem que com a ajuda decisiva do sotaque escocês de Ryan Gauld, que ganhou a grande penalidade.
Num jogo complicado, quer pelo pouco entrosamento das segundas linhas leoninas, quer pela grande dose defensiva aplicada pela equipa boavisteira, o Sporting ganhou balanço muito importante na segunda jornada do grupo, com seis pontos em dois jogos.
Bancadas despidas
9 035 espectadores em Alvalade significaram a pior assistência da temporada no reino do leão.
Ao invés do que se passou na primeira jornada em Guimarães, não houve golo madrugador para serenar as hostes leoninas (muito embora estas não tenham parecido tremidas). Também ao contrário do que aconteceu nessa partida, os leões não atuaram num estilo de jogo de contenção. Aqui, assumiram as despesas da partida, o que seria obrigatório perante os seus adeptos, e pegaram no jogo.
Monllor teve muito trabalho ao longo de todo o jogo ©Bruno de Carvalho
Perante um Boavista defensivo e também com várias alterações no onze, o Sporting teve domínio quase total na primeira parte. Mais nos primeiros 20 minutos, altura em que Gauld e Slavchev foram intervenientes consideráveis, embora sempre com primazia sobre o adversário nos 45 minutos.
Exceção feita à oportunidade desperdiçada por Wei Shihao, é justo dizer que o relvado pareceu sempre demasiado, pois o jogo quase só se desenrolava numa das metades.
Ainda assim, de forma insuficiente para que os golos surgissem. Tanaka pareceu acusar a pressão de ter os holofotes sobre si (depois do golaço em Braga outra coisa não seria de esperar) e não foi diferente dos demais - a não ser por ter tido a melhor oportunidade.
Expulsão de Rosell
O Sporting estava num bom período e o médio foi bastante imprudente. O primeiro cartão pareceu lógico, para tentar travar um contra-ataque, o segundo foi despropositado, pois o espanhol não tinha necessidade de recorrer à falta.
Vermelho animou
A vinda dos balneários trazia a ideia de um Sporting a tentar melhorar as ações no último terço e um Boavista com atrevimento crescente à medida que o relógio avançasse a seu favor.
Foi isso que os primeiros minutos demonstraram. Até ao momento da expulsão, que prometeu alterar a lógica da partida, o Sporting foi mais esclarecido na passagem para a zona mais adiantada. Tanaka foi mais vezes solicitado, só que não revelou pontaria.
Gauld esteve em destaque ©Bruno de Carvalho
Pensar-se-ia que a expulsão soltasse o Boavista para uma atitude mais positiva na posse. Contra Gauld e Slavchev apenas, os homens do centro boavisteiro tinham obrigação de dar muito melhor réplica do que até então. Só que não foi isso que aconteceu.
Gauld encontrou caminho
Foi precisamente no meio-campo deficitário (em número) do Sporting que o golo foi vislumbrado. Ryan Gauld subiu à área e ganhou a grande penalidade que Tanaka se encarregou de concretizar.
Tal lance fez descansar a ansiedade que se poderia apoderar dos leões e exigiu finalmente uma reação ao Boavista. Reação essa que só apareceu nos descontos, bastante curto para almejar os pontos.