Mais uma vez, uma equipa portuguesa sai de um jogo das competições europeias com a sensação que faltou só um bocadinho. O Benfica esteve por cima em boa parte da partida, teve excelentes oportunidades, mas voltou a não ser feliz, acabando por sofrer perto do fim pelo português Danny, que gelou a equipa portuguesa. Jorge Jesus volta a falhar uma passagem na fase de grupos da Champions.
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— Champions League (@ChampionsLeague) 26 novembro 2014
Tal como na Luz, a entrada dos russos foi fulgurante. Ao contrário do jogo de Lisboa, o Benfica soube suster esse ímpeto inicial. Mesmo com algum atordoamento perante a velocidade de Hulk e Rondón, a equipa encarnada foi segurando alguns sustos com Júlio César a transmitir tranquilidade e, depois, cresceu.
Primeiro, no capítulo defensivo. Com o recurso a algumas faltas, a equipa aumentou a agressividade e arrefeceu o calor dos avançados adversários. O próprio Hulk, visto como a maior ameaça (o que era lógico, depois dos estragos que tinha feito em Lisboa), foi sempre muito bem vigiado por André Almeida e dobrado pelos médios e por Jardel.
Depois, na perspetiva atacante. A lesão de Lombaerts pode parecer um pormenor, até porque existiu uma troca por troca e Luís Neto não entrou mal. Só que foi esse o momento que soou a mudança. Após segurar as investidas dos russos, o Benfica cresceu no capítulo ofensivo e, mesmo em grande domínio na posse, soube chegar com mais perigo à baliza contrária.
Foi nesse período que Salvio teve, porventura, o melhor momento da primeira parte, lance onde apenas a perna esquerda de Lodygin evitou a vantagem da águia para os balneários. Salvio era um dos três argentinos que iam carregando a equipa. Experientes e atrevidos, Enzo Pérez, Gaitán e Salvio cavalgavam o desejo e a vontade de mais nesta competição, para uma demonstração de que este Benfica é bem mais capaz do que o que a tabela demonstra.
A entrada do Benfica para o segundo tempo deu a clara sensação de que o intervalo até poderia não ter existido, já que a tendência continuou a ser crescente para o Benfica. Aliás, no primeiro quarto de hora do segundo tempo só deu encarnado.
Com imensa confiança e com enorme alma, a equipa de Jesus fez o suficiente para se colocar em vantagem. O que falhou? A finalização, pois claro. Nisso, o expoente máximo foi Luisão. Que oportunidade, aquela do minuto 50. Na cara de Lodygin, só com a tarefa de escolher o lado, escolheu atirar... ao lado.
Cresceu o Zenit, sobretudo com a entrada de Shatov (porque é que ficou no banco?) e com a passagem de Hulk para a esquerda, 'secando' as subidas de Maxi Pereira. A águia começou a perder fulgor, os russos foram subindo e, na eficácia, souberam ser superiores. Hulk cruzou, Danny rematou e o Zenit acertou para vencer.
A entrada de Ola John para a vez de Samaris teve o sentido de dar mais virtuosismo à equipa, mas acabou por partir totalmente a formação encarnada, que nunca mais soube chegar com critério ao último terço.
O apito final trouxe a derrota e o fim do sonho da Liga dos Campeões. O Benfica está fora da competição.