Diasmartins 26-04-2024, 01:43
Jackson Martínez está de regresso ao FC Porto após uma jornada dupla ao serviço da Colômbia, na qual voltou a não conseguir mostrar com as cores do seu país os dotes de goleador que exibe com a camisola dos azuis e brancos.
O internacional colombiano ficou novamente em branco ao serviço da formação sul-americana nos dois jogos que disputou, mas a bem da verdade apenas alinhou um total de 66 minutos, pois jogou apenas um minuto contra os Estados Unidos e diante da Eslovénia foi titular mas esteve em campo apenas durante 65 minutos.
No fundo, tudo na seleção é diferente do FC Porto para Jackson Martínez. Desde o número de golos ao tempo de utilização, o capitão dos azuis e brancos vive na Colômbia um estatuto distinto do que goza no Dragão, onde enverga a braçadeira de capitão. Enquanto para Julen Lopetegui é titular indiscutível, sendo o melhor marcador da equipa em todas as competições, para José Pekerman, apesar dos elogios deste ao seu trabalho, o mesmo não acontece, sendo preterido por outros avançados, como Teo Gutierrez ou Carlos Bacca.
O rendimento com as duas camisolas está longe de ser semelhante e os números são bem reveladores disso, o que faz com que os adeptos portistas conheçam um Jackson Martínez bem diferente dos colombianos. Se no FC Porto o avançado soma só esta temporada 13 golos em 17 partidas, a verdade é que pela Colômbia nos últimos dois anos marcou apenas cinco golos em 19 jogos.
Jornada de seleções benéfica para os outros companheiros de ataque
Independentemente do facto de na seleção as coisas não correrem de feição, a verdade é que o estatuto que Jackson Martínez goza no FC Porto foi conquistado a pulso com boas exibições e muitos golos. Contratado ao Jaguares em 2012, o colombiano desde logo começou por fazer esquecer o compatriota Radamel Falcao e desde então tornou-se praticamente intocável.
Neste momento é difícil imaginar um onze do FC Porto sem Jackson Martínez e quem «perde» são os jogadores que lutam por um lugar no onze com ele. Kléber, Liedson e Ghilas, por exemplo, não tiveram qualquer hipótese. Agora é a vez de Vincent Aboubakar tentar a sorte.
O camaronês procura aproveitar as oportunidades que tem no clube para se mostrar a Lopetegui e na seleção, ao contrário de Jackson, consegue não passar despercebido, tendo nesta jornada de seleções estado em grande, apontando o golo que permitiu aos camaroneses vencerem a República Democrática do Congo e que consequentemente garantiu o apuramento destes para a fase final da Taça das Nações Africanas.
Mas não foi só Aboubakar a brilhar ao serviço do país. O mesmo aconteceu com Brahimi, que marcou pela Argélia, e também com Ricardo Quaresma que, apesar de não ter titular no conjunto das quinas, foi decisivo com assistências no triunfo de Portugal sobre a Arménia e também frente à Argentina.
Há ainda o caso de Adrián López. O avançado espanhol continua sem se impor no Dragão, mas também para ele a pausa das seleções foi benéfica. O FC Porto realizou uma partida de caráter particular contra o Arouca e o avançado contratado ao Atlético de Madrid esteve em destaque ao apontar os dois golos dos dragões. Um bis que pode catapultar Adrián López para outros patamares dentro do Dragão.