Foi na raça, Sporting (4x2)

O Sporting somou a primeira vitória nesta edição da Liga dos Campeões, esta quarta-feira, ao derrotar o Schalke, em Alvalade. O sonho do apuramento continua vivo para o leão.

A equipa de Marco Silva entrava em campo ciente da necessidade de conquistar os 3 pontos para alimentar esperanças na qualificação para a fase seguinte da Champions. Slimani e Jefferson voltaram ao onze, enquanto que Naby Sarr rendeu o castigado Maurício. E foi o argelino a tentar criar perigo desde cedo, procurando finalizar da melhor forma o jogo que lhe ia chegando.

A precisar de marcar cedo, a verdade é que o Sporting viu os germânicos abrirem o marcador. Aos 17', a turma visitante ganhou vantagem graças a um autogolo de Islam Slimani. Aogo cobrou um livre para a grande área verde e branca e o avançado argelino, na tentativa de cortar a bola, desviou de cabeça para o fundo das redes de Rui Patrício.

O Sporting acusou o golo e passou por dificuldades, notando-se alguma falta de autoridade, sobretudo em lances de bola parada pelo ar na sua área. Paulo Oliveira, Sarr e companhia tentavam travar as investidas do Schalke, equipa que, com o golo marcado, cresceu no jogo.

No entanto, foi numa altura em que até estava a quebrar o seu rendimento que o Sporting empatou. Aos 26 minutos, livre cobrado por Jefferson e Naby Sarr antecipou-se à defesa do Schalke e empurrou de cabeça a bola para o fundo das redes, sem hipótese de defesa para Ralf Fährmann.

Até ao intervalo, Nani, João Mário e Carlos Mané rondaram a baliza do Schalke mas o empate imperou. Os 15/20 minutos finais da primeira parte foram muito afirmativos por parte dos leões e estavam lançadas as bases para um bom segundo tempo, pelo menos era isso que a plateia de Alvalade esperava.

Duas equipas aguerridas em campo ©Carlos Alberto Costa

A perder, era de esperar um Schalke a tentar criar problemas a Rui Patrício mas, por outro lado, a dar mais espaço que podia ser aproveitado por Nani e companhia. O Sporting tinha de cerrar fileiras e fazer da união uma "arma". Maturidade, tranquilidade e capacidade de sofrimento eram necessárias para a equipa de Marco Silva, treinador que sofria no banco à espera do final do jogo.

Rui Patrício, atrás, deu o primeiro sinal ao negar o golo do empate a Obasi, aos 66', quando este apareceu sozinho em frente ao guarda-redes leonino. Depois foi outro internacional luso a deixar Alvalade em festa. Aos 72', Nani fez o 3x1. Carrillo, que tinha saltado do banco pouco antes, teve uma arrancada em força e arte pela direita e cruzou para o camisola 77 empurrar, ao segundo poste, para o fundo das redes de Ralf Fährmann. Jogada simples de futebol a valer o terceiro golo verde e branco.

Na reta final, Marco Silva refrescou o seu meio-campo com a entrada de Oriol Rosell para a saída de João Mário. O técnico do Sporting queria fechar a "sete chaves" a vitória. A verdade é que o conjunto alemão ainda reduziu, aos 88', por Aogo num lance onde a defesa leonina ficou a ver jogar. Assistido por Kevin-Prince Boateng, Dennis Aogo entrou na grande área do Sporting pela esquerda de bateu Rui Patrício.

Mas Alvalade ainda ia "ver" mais um golo, desta feita para Slimani. Aos 90+1', o argelino apareceu isolado no ataque e não desperdiçou. Foi o último ato nesta partida onde emoção e golos não faltaram.