Elogios a Jonas e Almeida
Jorge Jesus fala de «jogo de alto risco» em Braga e aborda maus resultados europeus: «Não vale a pena atirarem serradura para os olhos»
«Vamos ter um jogo "à Champions"», foi o mote que o treinador do Benfica deu para perspetivar a partida contra o SC Braga, que surge depois do empate no Monaco, um resultado que manteve as águias no último lugar do grupo C da Liga dos Campeões.
Jardel não recuperou
O treinador referiu que ainda não poderá contar com o central brasileiro, pelo que Lisandro López vai continuar a titular
«Campeonato e Liga dos Campeões são duas provas muito importantes na calendarização da época, as duas mais importantes das quatro. As exigências são grandes com os nossos adversários, mas os jogos da Liga dos Campeões são de uma intensidade física e emocional muito maior que o campeonato português, tirando cinco ou seis jogos, no qual se insere este. Portanto, vamos ter um jogo à Champions», começou por dizer, em conferência de imprensa.
Com rasgados elogios ao SC Braga, equipa que treinou antes de rumar ao Benfica e que lhe tem causado muitas dificuldades quando as águias são visitantes do AXA, Jorge Jesus reiterou as dificuldades com que conta.
André Almeida dá-me tranquilidade em qualquer posição do meio-campo para trás
«Se olharmos para a qualidade dos jogadores do SC Braga, este é um jogo de alto risco. Não vamos fugir das nossas responsabilidades nem daquilo que é o nosso trabalho. Espero um jogo difícil, o campeonato português é sinónimo disso, para além de que o SC Braga faz frente a qualquer equipa. Tradicionalmente, já é difícil em Braga e, este ano, vai ser ainda mais, porque eles estão mais fortes que no ano passado. Ainda assim, o Benfica tem argumentos para se impor e conseguir o que nós queremos, que é a vitória», disse.
De volta ao tema europeu, no qual o Benfica tem apenas um ponto em nove possíveis, o treinador recorreu ao que tem feito nos últimos anos para recusar qualquer tipo de suposto fracasso que possa pairar sobre a equipa.
«O Benfica, quando cheguei há seis anos, era 23.º no ranking da UEFA. Hoje, é quinto. E sobretudo pelo que foi feito nos dois últimos anos. Portugal também tem subido no ranking, sobretudo por causa de Benfica e FC Porto, portanto não vale a pena atirarem serradura para os olhos», considerou.
Jardel não, Júlio César e Jonas talvez
O técnico tem-se deparado com várias lesões dos seus jogadores desde o início da temporada. Para lá de Fejsa, Rúben Amorim ou Sílvio, que têm situações mais delicadas, há também os atuais casos de Jardel e de Júlio César. Jorge Jesus abriu o jogo, embora não na totalidade.
Jonas deve ser titular no estádio AXA ©Carlos Alberto Costa
«O Jardel ainda não recuperou. O Júlio César tem feito trabalho específico, dá-nos a garantia de que recuperou e vai para a convocatória», frisou, o que praticamente garante a renovação da titularidade para Lisandro López, ele que foi expulso em França.
«O Lisandro vai estar motivado. Claro que ele não ficou contente por ter sido expulso, nem ele nem ninguém, pois foi numa fase em que estávamos por cima. Mas isto vai-lhe dar uma capacidade de experiência maior», analisou, antes de se pronunciar sobre Jonas, que tem sido apontado ao onze.
«O Jonas vai ser convocado, tem crescido, vou decidir se joga de início ou não. Ele adapta-se bem com qualquer avançado, sendo que pode apoiar um ponta-de-lança, como pode ser segundo avançado. Adapta-se facilmente a qualquer jogador e ao que nós pretendemos», definiu.
Por fim, uma análise a André Almeida, que foi titular na Liga dos Campeões e que esteve em destaque esta sexta-feira no zerozero.pt.
«André Almeida dá-me tranquilidade em qualquer posição do meio-campo para trás. Fez muito bem o que eu queria no jogo com o Monaco, anulou muito bem o jogador que eu queria, tanto que esse jogador saiu a 20 ou 15 minutos do fim», elogiou.