TheBlankSpace 26-04-2024, 19:36
«Não gosto de ficar no banco», foi dessa forma que Ricardo Quaresma respondeu no final da partida a uma pergunta relacionada com a sua condição atual, onde está longe de ser aposta recorrente de Julen Lopetegui. Mesmo com palavras corretas e respeitadoras das decisões técnicas, o grito de revolta surgiu, dentro de campo.
Mais tarde, na zona mista, novo discurso aos jornalistas, dessa vez com especial incidência para a devoção ao símbolo no qual bateu com paixão no final da partida.
«Já o disse. Amo muito este clube e faço tudo para ajudar a equipa. Respeito as decisões do treinador. É sempre bom sentir o carinho dos adeptos, que são fantásticos e aos quais tento dar o máximo. Não senti raiva, respeito as decisões tomadas», disse.
Depois do golo frente à França pela seleção portuguesa e após a assistência para a cabeçada vitoriosa de Cristiano Ronaldo, o mágico do Dragão voltou ao clube, só que sem razões para sorrir. Foi do banco que viu, durante 90 minutos, a derrota contra o Sporting que afastou os portistas da Taça de Portugal.
Após isso, o seu nome foi um dos que circulou como desejo dos adeptos para regressar ao onze no jogo contra o Athletic, mas Lopetegui optou por mantê-lo como alternativa a poder entrar no desafio.
E foi isso que aconteceu. Aos 70 minutos entrou, aos 75 recebeu o passe de Brahimi e acertou na rede, com Iraizoz a não conseguir suster o pontapé do português, que explodiu de alegria logo depois, agarrado ao azul e branco da camisola.
No fim, Lopetegui disse que Quaresma «mereceu o golo» e que tem trabalhado «de forma fenomenal», o que pode indiciar que mais oportunidades esperam o número 7 de dragão ao peito, neste momento que tem sido feliz e de reencontro com os bons momentos para o jogador.
A propósito de bons momentos, há também a acrescentar que há meio ano que Quaresma não marcava em jogos oficiais pelos portistas. A última vez que o tinha feito data de 10 de abril, em Sevilha, num, ainda assim, humilhante 4x1 que tirou os de Luís Castro das competições europeias.
Desta vez, outra vez contra equipas do país vizinho, o desfecho foi bem diferente. O remate valeu mais de um milhão de euros e o aumento da distância para o segundo lugar, que deixou de ser do BATE e passou a ser do Shakhtar Donetsk. Quaresma voltou a sorrir e o FC Porto regressou às vitórias.
2-1 | ||
Héctor Herrera 45' Ricardo Quaresma 75' | Guillermo Fernández 58' |