A derrota na primeira jornada frente ao Dynamo Kyiv permitiu ao Rio Ave saber que nas competições europeias as exigências são grandes e que a experiência pode ser um fator determinante. Isso, porém, não impediu a turma de Pedro Martins de ir em busca dos três pontos na Dinamarca, mas contra o Aalborg a vontade não foi suficiente para regressar a Portugal com um bom resultado. A vontade do Rio Ave e do árbitro Tony Chapron.
Mas comecemos pelo princípio. Em relação ao último jogo com o SC Braga, o treinador do Rio Ave decidiu apostar na titularidade de Wakaso e na frente deu grande liberdade a Ukra, com Diego Lopes a jogar atrás do homem mais atacante, Boateng. Porém, durante grande parte do primeiro tempo, a formação portuguesa não esteve bem no capítulo do passe e com isso fez com que a bola raramente chegasse ao último terço, mostrando grandes dificuldades em chegar à área do Aalborg.
Ainda assim, perante um adversário que apesar de jogar em casa se limitou a jogar no erro dos jogadores do Rio Ave e a apostar no contra-ataque, foi a formação de Vila do Conde que teve a melhor oportunidade para marcar, tendo valido uma grande defesa de Carsten Christiansen após livre cobrado por Diego Lopes para o nulo se manter no marcador. Antes de sair, a bola ainda bateu na barra e por isso foi por pouco que os visitantes não foram para o intervalo em vantagem no resultado.
No final da primeira parte, depois de Pedro Martins ter sido obrigado a «queimar» uma substituição por causa de uma indisposição de Prince, percebia-se que o Aalborg era um adversário claramente ao alcance do Rio Ave, embora fosse preciso mais certeza e confiança no passe para a bola chegar com mais frequência à última zona de ação. Porém, o início da etapa complementar foi madrasto para o Rio Ave, que sofreu um golo logo no primeiro minuto. Num lance que terminou com um cabeceamento colocado de Nicklas Helenius, Cássio nada pôde fazer para evitar o golo que colocou o Aalborg na frente do resultado.
Nos minutos seguintes ao golo dinamarquês, o jogo tornou-se mais aberto para prejuízo dos vila-condenses, que deixaram de conseguir controlar tão bem os movimentos do adversário. O Aalborg tornou os seus processos de jogo mais simples e com isso chegou com mais frequência junto do setor defensivo português, impedindo o Rio Ave de subir tanto no terreno como na primeira parte.
Ainda assim, os comandados de Pedro Martins nunca baixaram os braços mas da vontade à execução vai uma grande distância e foi por isso que o empate não chegou. O remate de longe de Wakaso, aos 53 minutos, passou perto da barra da baliza dinamarquesa, mas essa foi a melhor oportunidade durante toda a segunda parte. De resto, o Rio Ave só através de remates de média e longa distância é que tentava causar perigo, embora, na verdade, nunca tenha colocado realmente o guarda-redes do Aalborg à prova.
O técnico português ainda decidiu lançar Ahmed Hassan e Renan Bressan em jogo e o bielorrusso até teve um remate frontal em que podia ter feito melhor do que fez (atirou por cima), mas quem esteve realmente perto de marcar foi o Aalborg, de nada valendo o facto do Rio Ave ter terminado a partida numa busca incessante (mais com o coração do que com a cabeça) pelo golo do empate.
Aliás, os vila-condenses até deviam (e mereciam) ter tido uma excelente possibilidade de chegar ao tento da igualdade, mas, já em período de compensação, Tarantini foi claramente agarrado dentro da área e o árbitro conseguiu transformar um lance de grande penalidade a favor do Rio Ave num cartão amarelo para o médio português. Incompreensível haver erros tão crassos em competições como esta.
1-0 | ||
Nicklas Helenius 46' |