Na entrada em campo, e apesar de o primeiro aviso ter sido dos ucranianos, existiu um período de alguma confusão da equipa de Serhiy Rebrov na forma como haveriam de lidar com as condições da partida. E não por falta de conhecimento do Rio Ave, mas por um relvado muito rápido nos primeiros minutos e por causa do forte vento a favor dos forasteiros.
Digamos que os primeiros 15 minutos se puderam considerar equilibrados. Pedro Martins tinha garantido que medo não seria sentimento que invadiria os seus jogadores. De facto, não aconteceu isso, mas viria a verificar-se um aspeto vital nestas andanças europeias. A experiência.
A diferença de qualidade haveria de se sobrepor à entrega. Nesse ramo, nada a apontar à equipa da casa, só que não foi realmente suficiente. No minuto 20, o primeiro, no minuto 25, o segundo. Em cinco minutos, e depois de Vida ter ameaçado por duas vezes, a equipa forasteira construía uma vantagem confortável e que exigia muito mais ao Rio Ave.
O grande desequilíbrio estava no meio-campo. Belhanda e Sydorchuk não deixavam Tarantini e Pedro Moreira darem dois passos com a bola nos pés. Impossibilitados de construir, os médios do Rio Ave tentavam que fossem os laterais a progredir, mas as compensações no Dynamo Kyiv eram feitas de forma muito eficaz. Por vezes, Ukra conseguia furar a primeira barreira, mas logo lhe seguia uma outra.
Além de tudo isto, havia ainda o ataque ucraniano. Nota-se que este Jeremain Lens não está na sua melhor forma, só que Kravets e Yarmolenko chegavam perfeitamente para deixar a ferver toda a defensiva vilacondense.
A primeira parte acabou por ser totalmente controlada pelo Dynamo, que criou praticamente todas as oportunidades desse período e que não marcou mais porque Cássio esteve em muito bom plano.
Para o segundo tempo, a boa notícia para a turma portuguesa era que o vento estaria a favor. Embalados por isso e por palavras que claramente Pedro Martins terá dito para espicaçar os seus elementos, os vilacondenses entraram bem melhor no segundo tempo.
0x3 em Vila do Conde. Enorme aplauso aos jogadores na saída de campo pic.twitter.com/xNJCnTNm6k
— zerozero (@zerozeropt) 18 setembro 2014
Um ensaio, uma oportunidade clara por Tarantini e os adeptos entusiasmados com a partida outra vez. Um golo relançaria a partida e a incerteza no marcador e era nisso que se acreditava nos Arcos.
Só que, como já se tinha falado na antevisão da partida, as transições rápidas do Dynamo Kyiv são, por norma, muito bem decididas. O pragmatismo não existiu à primeira nem à segunda, mas não escapou na terceira investida. Cássio ainda defendeu o remate de Belhanda, só que a recarga de Kravets seria indefensável. O atual melhor marcador do Dynamo Kyiv no campeonato inscrevia também o seu nome no marcador.
Estavam definitivamente terminadas as dúvidas. Os ucranianos iriam vencer a partida. Jebor ainda tentou, Wakaso também esteve perto, mas não houve golo de consolação.
0-3 | ||
Andriy Yarmolenko 20' Younès Belhanda 25' Artem Kravets 70' |