Jorge Jesus já perdeu vários jogadores neste defeso e não têm sido poucas as vezes que o técnico tem pedido reforços para poder atacar as várias frentes. No jogo com o Sporting, tinha quatro caras novas no banco e três que regressaram de empréstimo.
Júlio César, Lisandro López, Pizzi, Samaris, Ola John, Bebé e Derley eram as opções com que o treinador do Benfica podia contar no desafio, mas só o último contou.
Decorria o minuto 86, já depois de Marco Silva ter esgotado as suas três alterações. Derley substituía Anderson Talisca e tentava ser a moeda decisiva do treinador para ainda chegar à vitória, mas não foi a tempo. Até ao apito final de Pedro Proença, mais nenhuma movimentação no banco encarnado.
Afinal, este é um cenário recorrente de Jorge Jesus? Ou tratou-se de uma opção momentânea? O zerozero.pt socorreu-se da sua base de dados e foi à procura das ocasiões no Campeonato em que o treinador benfiquista recorreu tão poucas vezes ao banco e, para o campeonato... não encontrou.
Esta foi a única vez que, à frente do Benfica, o técnico fez apenas uma substituição. A última vez que as águias tinham feito apenas uma substituição numa partida para o principal escalão do futebol nacional tinha sido em fevereiro de 2006.
Na altura, a equipa de Ronald Koeman afastava-se ainda mais do FC Porto de Co Adriaanse, que haveria de ser campeão, ao perder em Leiria por 3x1. João Paulo, Fábio Felício e Maciel fizeram os golos da União, aos quais apenas Manduca soube responder. Curiosamente, o brasileiro foi o único jogador que saiu do banco de suplentes.
E um banco intocável?
Desde 1995, altura em que passaram a ser possíveis três substituições, só por duas vezes o Benfica não realizou qualquer alteração, em desafios para o campeonato.
A primeira aconteceu em Alvalade, contra o Sporting, na época 1996/97. Sob o comando de Paulo Autuori, as águias perderam por 1x0, fruto de um golo de Beto, e acabaram com nove jogadores (Tahar e Jamir foram expulsos), mas o treinador brasileiro não recorreu a nenhum dos cinco homens que tinha no banco.
Dois anos depois, com o escocês Graeme Sounesse à frente do clube, registou-se uma goleada diante do SC Braga (4x1), com golos de Kandaurov, Poborsky, João Pinto e Nuno Gomes, mas nem com o triunfo assegurado o técnico fez rodar a sua equipa.
1-1 | ||
Nico Gaitán 12' | Islam Slimani 20' |