Nacional e Rio Ave entram em campo esta quinta-feira com a missão de entrarem na fase de grupos da Liga Europa. Para que tal aconteça, será preciso inverter os resultados negativos da primeira mão.
A missão do Rio Ave afigura-se menos complicada, pois o 2x1 registado na Suécia deixou tudo em aberto. Por terras nórdicas, numa partida disputada no sintético do Borås Arena, uma primeira parte desatenta levou o resultado em 2x0 para o intervalo.
Pedro Martins e os seus homens precisavam de marcar para discutirem o apuramento em Vila do Conde e Marcelo, central brasileiro que deve estar de saída (assim garantiu o presidente), encarregou-se de acender a luz da esperança.
O golo deu um bom tónico para o resto da partida e até existiram mais oportunidades para um resultado melhor. Não se aproveitaram aí, mas não foram desperdiçadas na Amoreira.
A meio da eliminatória europeia, os vilacondenses tiveram um grande extra de motivação, no jogo da segunda jornada do campeonato. Contra o Estoril, Pedro Martins até fez algumas poupanças, mas os seus homens não se pouparam a esforços. Com uma grande exibição de Cássio, a baliza foi bem segura e, na frente, foi tudo bem feito. Hassan marcou três, Pedro Moreira fechou com dois e o 1x5 final roçou a perfeição.
Para esta partida, esse resultado apenas pode servir de inspiração. Não são precisos tantos, mas os golos terão que aparecer, bem como a segurança defensiva, para que o sucesso seja alcançado.
Nota ainda para António Silva Campos. O presidente do Rio Ave mostrou ter perfeita noção da importância que a partida tem para o clube (no capítulo financeiro, 1,3 milhões de euros é uma verba considerável) e decidiu dar entradas gratuitas aos sócios, bem como o direito a quatro ingressos a acompanhantes.
Estima-se, portanto, casa cheia para a receção aos suecos, numa das páginas históricas do clube.
No alto, a esperança
Mais complicada é a tarefa do Nacional da Madeira. A equipa da Choupana também sofreu dois golos na ida à Bielorrússia, mas não conseguiu reduzir contra o Dinamo Minsk. Lucas João foi quem esteve mais perto, numa partida em que ficaram queixas sobre a arbitragem.
O 2x0 é preocupante, mas a esperança não morreu, até porque, marcando um golo cedo na partida, o Nacional pode muito bem discutir a eliminatória.
Só que esse é também um grande problema para Manuel Machado. Em três jogos oficiais até agora realizados, todos eles resultando em derrota, os insulares só marcaram um golo, através de uma grande penalidade no Restelo convertida por Marco Matias. Ou seja, o capítulo ofensivo tem que melhorar consideravelmente para que o sonho seja possível.
Pela frente estará uma equipa com mais ritmo e com mais jogos nas pernas. Se, no físico, será difícil a superação, essa tem que surgir a partir da mente, uma função que exigirá o melhor das palavras do treinador.
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