José Eduardo Moniz, administrador da Benfica SAD e vice-presidente do clube, apontou o dedo ao sistema financeiro, que considera ter «beneficiado os leões». O dirigente destaca o caminho «cumpridor» do Benfica e do FC Porto por oposição ao que tem feito, em seu entender, o emblema de Alvalade.
«Há cerca de um ano e meio [altura da eleição de Bruno de Carvalho como presidente do Sporting], o sistema financeiro introduziu um fator de distorção competitiva inexplicável, quando decidiu perdoar a um determinado clube dívida contraída e quando em relação à dívida remanescente, decidiu reescaloná-la em 20 anos. De alguma forma, o que acabou por se verificar foi que um conjunto de administrações que não geriu tão bem o clube, acabou por ser premiada. É natural que haja reservas da parte do sistema financeiro e, da parte do Benfica, legítimas preocupações face ao que o sistema financeiro fez», afirmou o dirigente, em declarações à Renascença.
Ainda sobre o sistema financeiro, Moniz assume que «não pode haver filhos e enteados».«O Benfica e o FC Porto são clubes cumpridores e não tiveram nem perdões de dívida, nem taxas de juro de favor, nem incumpriram pagamentos de juros ou de capital», disse.
E prosseguiu: «O Benfica sempre se portou bem nas relações com a banca e era estranho que fosse encarado com reserva ou ceticismo nessas circunstâncias.»
À Renascença, José Eduardo Moniz mostrou ainda a sua confiança para a nova temporada das águias.
«Não sou daqueles que olham para esta época com ceticismo. Pelo contrário, confio naqueles que trabalham com a equipa, no treinador e na sua equipa técnica. Espero que os resultados se vejam, como vimos já na Supertaça», referiu José Eduardo Moniz.
«O treinador e restante equipa técnica estão em sintonia relativamente à perceção dos reforços de que o clube necessita para se manter tão competitivo como em anos anteriores.»
O Benfica entrou na nova temporada a vencer a Supertaça Cândido de Oliveira.