Primeiro teste de Portugal antes do Campeonato do Mundo com boas indicações mas sem golos. Paulo Bento cumpriu o que havia prometido, ensaiar estratégias e soluções, variações estratégicas e táticas. Nani e Éder deram nas vistas.
Apesar de o confronto entre Portugal e Grécia ser de preparação, mais ainda em vésperas do Campeonato do Mundo, a equipa das quinas deu bons sinais ao longo de toda a primeira parte, entrando em campo com grande dinâmica, boas aproximações da zona de finalização e aproveitando os lances de bola parada.
Num esquema menos habitual – dois pontas de lança, Éder e Hélder Postiga -, e com Varela e Nani a oscilarem entre o ataque e o meio, mediante a equipa das quinas atacasse e defendesse, Portugal entrou a ameaçar logo no segundo minuto de jogo, por Éder, que cabeceou na zona do ponta de lança para a defesa de Karnezis, depois de um bom cruzamento de Nani.Apesar das novidades no 11, com jogadores em campo menos habituados a jogarem juntos, Portugal foi sempre melhor. Em ataque, William Carvalho e Miguel Veloso desdobravam-se, ora ficando um atrás, ora ficando o outro. Em construção, Varela e Nani surgiam mais ofensivos, e muitas vezes o jogador do FC Porto apareceu em espaços mais interiores, movimentações que pouco lhe conhecemos. Éder, mais móvel, ajudava mais na construção e surgia bem em zonas de finalização, sendo um dos destaques da primeira parte bem conseguida das quinas.
Sempre com mais bola e mais pendor ofensivo, Bruno Alves repetiu o gesto de Éder, à passagem dos seis minutos, e depois Ricardo Costa. Aos sete minutos Portugal já podia estar a vencer e só não festejou porque Karnezis também fez o seu trabalho e foi defendendo com brio as redes helénicas.
Portugal dominou, deu boas indicações e apresentou bons pormenores, perante uma Grécia que parecia estar a jogar para o ponto, mesmo sendo um amigável. Tanto assim foi que só aos 38 minutos surgiu o primeiro remate da equipa orientada pelo português Fernando Santos. Eduardo, que até esse instante era um mero espectador do jogo, continuou. Torosidis, de fora da área, rematou ao lado.
O ritmo do jogo baixou, a qualidade também, e o nulo permaneceu até ao intervalo. Nani e Éder reclamavam os holofotes do primeiro tempo.Ritmo mais baixo, qualidade inferior
Paulo Bento mexeu ao intervalo, trocando Postiga por Hugo Almeida e colocando Beto no posto de Eduardo. A tendência apresentada na primeira parte manteve-se. Mais Portugal, menos Grécia, que continuava com problemas no último processo de construção.
Os lances de perigo iminente, no entanto, escasseavam. Paulo Bento voltou a mexer, tirou Éder, meteu Rúben Amorim, e a estrutura da seleção passou a ser aquela mais tradicional, com um trio no meio-campo, Varela e Nani a apoiarem Hugo Almeida, no centro do ataque.
Foi assim que surgiu o perigo, aos 66 minutos: arrancada de Varela, cruzamento pingado para Nani e o corte dos gregos pela linha de fundo. Logo depois, novamente o extremo do United a criar perigo, a tirar um adversário do caminho com uma simulação e a rematar forte, obrigando o guarda-redes grego a defender a dois tempos.
A Grécia só aos 80´ chegou à baliza lusa com Ricardo Costa a cortar na hora certa um cruzamento de Torosidis. Ainda houve tempo de Vieirinha e Rafa entrarem em campo, de Beto brilhar com uma grande defesa após um remate de Fetfatzidis, dentro da área, e de Ricardo Costa ensaiar um cruzamento em jeito que foi à barra, mas nada mais.O último jogo dos lusos em território nacional terminou em branco mas em festa, do Centenário da Federação e da homenagem a Eusébio e a Mário Coluna. Seguem-se os amigáveis com o México e com a República da Irlanda, nos Estados Unidos da América. Só depois a equipa das quinas viaja para o Brasil, para participar no Mundial.
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