Depois de eliminar o Borussia Dortmund, carrasco dos merengues na época passada, o Real Madrid reencontra agora o Bayern München, com quem foi eliminado há duas épocas. Dados e histórias de uma meia-final que promete ser de faísca, marcada também pelo regresso de Pep Guardiola a casa do seu maior rival dos últimos anos.
O treinador catalão, na sua primeira temporada como técnico fora do Barcelona, até teve um arranque amargo, perdendo a Supertaça da Alemanha para o Borussia Dortmund, mas o seu alemão foi sendo interiorizado no ouvido dos atletas, que já venceram três provas depois disso.
À Supertaça Europeia, contra o Chelsea, juntou-se o Campeonato do Mundo de Clubes e a Bundesliga, conquistada em março de forma implacável. Assim, sobram dois troféus para levantar e a certeza de que, afinal, a 'super época' do Bayern München de Jupp Heynckes, em 2012/2013, não será impossível de atingir.
Na Taça da Alemanha, resta apenas a final para que o sucesso na prova se repita. Na Liga dos Campeões, a exigência é, aí sim, máxima. Faltam duas eliminatórias para o bis e os adversários são de enorme nomeada. Por agora, o foco é, para Neuer, Götze, Ribéry, Robben e companhia, o Real Madrid, um velho conhecido dos bávaros.
Bola de Ouro regressa na hora certa
Em Madrid, a desconfiança é alguma. É certo que o clube está em alta pela conquista da Copa del Rey, diante do Barcelona (2x1), o que significa sempre uma galvanização da nação madrilena, só que ainda não foram esquecidos os dias 23 e 26 de março, nos quais as derrotas com o Barcelona e o Sevilla inverteram o favoritismo que havia para um campeonato que viu um Real Madrid cair do primeiro para o terceiro posto.
Assim, o reerguer da equipa de Carlo Ancelotti até pode vir a ter margem de manobra suficiente para que as conquistas sejam uma realidade esta época. A taça espanhola, sobretudo por ter sido contra o Barcelona na final, elevou a motivação da 'família', só que não é suficiente para ser considerada salvação de uma época.
Pelo contrário, a intenção passa pela conquista do campeonato e/ou da Liga dos Campeões, troféu ambicionado pela equipa mais titulada da competição (nove no total). Se, na Liga BBVA, o Real Madrid está dependente do que fizer o líder Atlético de Madrid, na prova milionária os merengues dependem de si próprios.
Nessa perspetiva, as fichas serão colocadas numa eliminatória de risco máximo, contra o atual campeão europeu. E as fichas parecem estar completas, já que Cristiano Ronaldo está, ao que tudo indica, de regresso em pleno à competição, para alívio de Ancelotti e de todo um grupo que vê no português o solucionador principal de problemas no relvado.
História pende para os alemães
Na consulta do histórico de confrontos entre os dois emblemas, a grande nota de destaque é o peso do 'fator casa', pois, em 20 partidas, só por duas vezes a equipa que esteve na condição de visitante conseguiu ganhar o desafio - em ambas as vezes isso aconteceu pelo Bayern München.
Os bávaros venceram 55% dos desafios entre os dois clubes e os merengues 35%, o que atribui algum favoritismo para o lado alemão, se bem que o equilíbrio predomine. Aliás, na última vez que ambos se defrontaram, na meia-final de 2011/2012, só nas grandes penalidades se encontrou o vencedor da eliminatória, depois de duplo 2x1.
Onzes prováveis:
1-0 | ||
Karim Benzema 19' |