O FC Porto arrancou a ferros uma importante vitória diante do Paços de Ferreira. Em casa emprestada, a equipa de Costinha retardou ao máximo o golo portista, que acabou por acontecer por Jackson Martínez, depois de o colombiano ter desperdiçado um punhado de boas oportunidades. Os dragões isolam-se na classificação e só o SC Braga ou o Estoril podem, ainda, contrariar esse cenário.
Para que isso aconteça, é necessário que os bracarenses vençam em Barcelos ou que o Estoril bata a Académica e atinjam os nove pontos, os mesmos que já têm os portistas, isto num fim-de-semana em que Sporting e Benfica se defrontaram e registaram um empate.
Para este jogo, Costinha apostou em Rodrigo Antônio para o lado direito da defesa e em Hélder Lopes para a esquerda. Caetano foi a grande novidade pacense, atuando numa das faixas, com Hurtado do outro lado no apoio a Carlão. Quem também regressou foi Sérgio Oliveira, depois de ter ficado no banco na partida frente ao Zenit, defrontando a equipa que o formou para o futebol.
Na equipa de Paulo Fonseca, o destaque foi para a esperada entrada no onze de Maicon, que substituiu o lesionado Eliaquim Mangala. De resto, Josué continuou a merecer a confiança do técnico, tal como Licá, que têm sido as surpresas do início de época portista.
Desacerto de Jackson e lesão de Danilo
O FC Porto entrou a mandar, como seria de esperar. Logo no primeiro minuto, Jackson Martínez teve um bom lance mas atirou ao lado. Era dado o mote para aquilo que seria a primeira parte do encontro.
Defour (6') foi o senhor que se seguiu, antes de Jackson (11') voltar a falhar o alvo, a tendência que mais se verificou na primeira parte do desafio. Jackson tentava dentro de área, os outros tentavam de fora, como foi o caso de Licá (18'), mas o destino era sempre a linha final, nunca o enfiamento da baliza de Degra.
Os primeiros vinte minutos foram de pressão alta do FC Porto que, a partir daí, baixou o seu ímpeto ofensivo, enquanto que o Paços de Ferreira encaixava nas marcações e defendia melhor, não deixando os portistas entrarem na grande área.
Do outro lado estava o espectador Helton, que ia assistindo à partida ao longe, mas que foi chamado a intervir aos 37 minutos após venenoso remate de Sérgio Oliveira, isto já depois de Jackson ter atirado contra as pernas de um adversário aos 33'.
E a tarde de desacerto era mesmo do colombiano, que finalizou a primeira parte tal como a iniciou: a falhar, em bela posição, depois de um bom domínio de bola. Ainda antes do descanso, nota para a lesão de Danilo, que teve que ceder o lugar a Jorge Fucile.
Para a segunda parte, pedia-se mais tranquilidade à equipa pacense, beliscada pelos maus resultados neste início de época, e mais clarividência aos portistas.
Mais do mesmo até se ouvir o Cha Cha Cha
Os dragões entraram como tinham feito na primeira parte: a pressionar, a atacar, a criar oportunidades e... a falhar!
Licá foi, agora, o homem mais em foco, perdendo uma boa chance aos 48' e desviando de cabeça ao lado aos 62'. No entretanto, Jackson já tinha perdido outro lance.
O tempo ia passando, Paulo Fonseca lançava Quintero e Ricardo para dar mais profundidade à equipa e Costinha retirava Vítor do campo, apostando em Rui Miguel e via a sua equipa passar por vários calafrios mas aguentar, ora pelo desacerto do adversário, ora por cortes na hora H, ora por Degra, que sacou uma grande defesa a remate de Fernando aos 75'.
Esse lance, que aconteceu pouco depois de Maicon dar uma fífia e permitir a Carlão e a Sérgio Oliveira desperdiçarem uma grande oportunidade, resultou em canto. Na sequência do canto, surge o golo portista, pela cabeça de Jackson, num lance em que o central Grégory fica a ver o avançado cabecear na sua zona.
Desbloqueado o nulo, cabia depois ao Paços de Ferreira repôr a igualdade, num cenário negro para a equipa, que via a quinta derrota em cinco jogos oficiais cada vez mais perto. Do outro lado, o jogo passou a ser jogado com o relógio, com a satisfação própria de uma equipa que via de perto uma vitória diante de um adversário bem fechado.
A equipa pacense ainda tentou, por bolas bombeadas para a área, mas o FC Porto provou ser uma equipa organizada a defender e voltou a não sofrer golos, algo que ainda só aconteceu em Setúbal.
Nota para Jackson, que ainda desperdiçou uma oportunidade num dos últimos lances do encontro, quando se isolou perante Degra.
Nas contas finais de uma partida apitada por Rui Costa (teve algumas críticas no golo por suposta falta de Jackson), o FC Porto conseguiu a quarta vitória da temporada, o Paços averbou a quinta derrota.
0-1 | ||
Jackson Martínez 77' |