Helton: «A ideia de conquistar nunca acaba»

A entrar na nona época ao serviço do FC Porto, Helton pode vencer a sua sexta Supertaça. O guarda-redes garante que não está cansado de festejar conquistas e quer aproveitar esta oportunidade para celebrar mais um título.

«A ideia de se conquistar nunca acaba. Todos os que têm oportunidade de conquistar, de ter outros objetivos, ainda mias ousados, quando se tem essa oportunidade, deve agarrar-se com unhas e dentes. Esta é mais uma oportunidade, o mister fez a convocatória, deu-nos a oportunidade de representarmos mais uma vez este clube e, se Deus quiser, conquistar mais um título», começou por dizer o guarda-redes, que falou aos jornalistas na conferência de imprensa, logo após Paulo Fonseca ter feito a projeção do jogo. 

Além disso lembra Helton, «em todas as provas em que o FC Porto entra é para competir, é sempre especial, sempre importante e o próximo jogo é sempre o mais complicado», sublinhou, apelando à concentração. 

Instado a comentar o novo troféu, que foi esta semana apresentado pela Federação Portuguesa de Futebol, Helton brincou: 

«Sem dúvida, é sempre muito bonito. Quando vem para o nosso lado principalmente», afirmou, entre risos. 

Mais a sério, e projetando o encontro com os vitorianos, o guarda-redes diz que mais do que estudar o adversário, é importante a equipa estar atenta e concentrada. 

«É o início da minha nona época no FC Porto e mantendo-se o respeito por todos os adversários que vamos defrontar, procuramos absorver da melhor forma a ideia tática do nosso treinador. Temos que nos preocupar bastante com o que podemos fazer para surpreender o adversário. É óbvio que existe sempre a ideia de tentar surpreender mediante o que o treinador observa do adversário mas procuro sempre dar o meu melhor. No futebol não adianta estudar, porque não é um exame, acaba por se ter surpresas. Temos que procurar ter a atenção no máximo e dedicar o máximo à execução», avisou. 

©Catarina Morais

«Temos uma ideia dentro deste clube, implantada desde que cheguei e que aprendi com os que cá estavam, que independentemente do jogo, da importância da partida, o FC Porto entra com o objetivo maior que é sagrar-se vencedor daquela partida e quando se tem uma ideia de trabalho pensando desta forma não há segredo. Existe ambição e respeito pelo adversário. O respeito não é somente ter receio do adversário é saber trabalhar sério e não menosprezar o adversário. Inúmeras vezes isso já aconteceu connosco, deixaram de nos respeitar e as coisas aconteceram da forma que deveria ser», explicou, ao seu estilo, quase dando uma aula de balneário.

Coletivo forte

Sem querer responder a questões técnicas, uma vez que Paulo Fonseca tem operado algumas mudanças no meio-campo azul e branco, Helton prefere sublinhar o conjunto e a força do coletivo.

«A ideia de pensar se se está mais protegido ou não vem de acordo com a própria partida, com a disposição da equipa. Algumas vezes houve colegas do ataque a defender a nossa baliza, a ajudar o Helton a protegê-la. Isso vem da ideia. Da mesma forma que eu posso tentar ajudar a chegar ao ataque. Pensando pelo grupo, todos atacam, todos defendem».

Paulo Fonseca aproveita para interromper o guarda-redes, recusando a ideia de que o triângulo invertido no meio-campo, que tem vindo a implementar e a explorar, torne a equipa mais defensiva e remetendo para o futuro uma explicação do que acha do 2+1 ou 1+2 no meio-campo.

«O único que se prepara para sofrer de véspera é o peru no Natal»

Sobre o seu futuro, e face às notícias que especulavam sobre um eventual regresso ao Vasco da Gama, Helton deu um «recado» aos jornalistas presentes, lembrando que tudo o que for a respeito dele e do seu futuro deve ser questionado ao próprio. Depois, o guarda-redes lembrou que possui contrato e não se mostra preocupado. 

«O Helton ir embora só depende dele e do FC Porto, com quem tenho contrato até final da época, 2014. O único que se prepara para sofrer de véspera é o peru no Natal. Estamos a iniciar a época. O Helton está a pensar na Supertaça, não está a pensar no término da carreira», sublinhou, assumindo ser «grato» ao Vasco e ao carinho dos seus adeptos mas lembrando que é «apaixonado» pelo FC Porto e garantindo que quando estiver na hora conversará com a direção do clube sobre o seu futuro. 

Em jeito de remate, o guarda-redes foi instado a analisar o seu companheiro de baliza recentemente contratado, Bolat. 

«Ainda é pouco tempo mas a melhor pessoa, a mais indicada para o analisar, é o Wil [Coort, técnico dos guarda-redes dos azuis e brancos], que é o nosso treinador. Posso responder enquanto colega, como pessoa. Tem sido um bom colega, respeitador, e tenho que ressaltar isto porque não é comum no meio, soube respeitar os que já estavam no local», concluiu.

Notícia atualizada às 14h05