O FC Porto volta a entrar em ação no prestigiado torneio Emirates Stadium Cup, que tem lugar no estádio do Arsenal, e enfrenta o bicampeão turco Galatasaray.
Numa pré-temporada que tem sido demolidora em termos estatísticos, a equipa de Paulo Fonseca tem, ainda assim, lacunas a rever e a corrigir antes do início da temporada.
De vitória em vitória para não esquecer
Se há uma palavra que tem caminhado em consonância com o trajeto do Dragão nos últimos anos, essa palavra é: vencer. É rara a época em que o Dragão não leva até aos seus adeptos um troféu que os contente e esse facto, se por um lado enriquece o espírito e o histórico do FC Porto, por outro traz novas exigências para a equipa.
Esta época não parece ser exceção e, no horizonte dos portistas está, para lá do objetivo primordial chamado campeonato, uma final da Liga dos Campeões, disputada no terreno do grande rival Benfica. A fase ainda é embrionária, mas o FC Porto, que perdeu James e Moutinho, tem atuado no mercado de forma a oferecer a Paulo Fonseca o máximo de opções válidas possível.
Aliás, para além da qualidade, é difícil num passado recente descobrir um plantel portista com tanto potencial, se bem que a competitividade que agora se verifica pela luta por um lugar no onze tenha a tendência natural para decair ao longo da época.
Numa pré-temporada em que os reforços tentam mostrar qualidades que convençam o jovem técnico a oferecer-lhes uma vaga no plantel, Ricardo e Tiago Rodrigues parecem ser, para já, as primeiras vítimas de um navio que rola em grande rotação.
E a rotação é tal que, nos seis jogos disputados até agora, os dragões marcaram 32 golos e sofreram apenas dois (ambos na vitória sobre o Anzoátegui) e venceram todas as partidas.
Equipa quase definida, falta só um
Varela e Defour, que apareceram em grande neste reinício de época, têm ganho vantagem sobre a concorrência e parecem ser os companheiros mais prováveis para começar a época ao lado de Helton, Danilo, Alex Sandro, Otamendi, Mangala, Fernando, Lucho e Jackson Martínez.
Se contou e ficou baralhado, caro leitor, tem toda a legitimidade para isso, mas não se trata de uma falha de matemática. É que ainda fica a faltar uma vaga para uma das faixas do ataque. Iturbe foi o escolhido no jogo de apresentação aos adeptos, só que, ao contrário do que tinha mostrado até então, o argentino esteve desligado do jogo e não passou com distinção no teste.
Mesmo assim, Iturbe é uma carta do baralho e terá aqui nova oportunidade para convencer os responsáveis do FC Porto, que têm resistido aos pedidos de renovação do empréstimo por parte do River Plate exatamente porque estão esperançados na explosão do 'pequeno Messi'.
Além de Iturbe, também Licá e Kélvin espreitam a vaga. O português tem sido mais discreto, o brasileiro mostra ingenuidade e inconstância, pois tanto decidiu jogos fulcrais, como pontapeou incompreensivelmente Nolito há uma semana. Na calha está ainda Quintero, se bem que o colombiano esteja a ser visto como o sucessor natural de Lucho González, tendo, portanto, ainda uma fase de aprendizagem pela frente.
Celta foi lição
O jogo de apresentação, apesar de ganho e de registar novamente a baliza inviolada por parte dos portistas, mostrou que nem tudo são rosas.
O Celta foi paciente e, com um bloco baixo, permitiu poucas oportunidades ao FC Porto, que teve bastantes dificuldades em furar a muralha espanhola, sobretudo depois dos 30 minutos em que houve Lucho. Por outro lado, a equipa adormeceu defensivamente no embalo ofensivo que tomava e sofreu alguns contra-ataques que poderiam ter sido fatais.
Não descurando as longas viagens e o desgaste natural do plantel azul e branco, a verdade é que não foi pelo jogo de apresentação que os adeptos em geral terão ficado totalmente convencidos.
Galatasaray e depois Napoli
Agora sim, é fase de afinações, uma semana antes da Supertaça em Aveiro, frente ao Vitória de Guimarães. Pela frente surgirá um Galatasaray de Champions, com Drogba, Yilmaz e Sneijder a orientarem a equipa.
No dia seguinte, é a vez do novo Napoli, também de Champions, se apresentar como teste de fogo ao dragão. Só mesmo o anfitrião Arsenal não será adversário nesta competição, uma prova onde a chama do dragão quer ser lançada, para inglês ver.
1-0 | ||
Felipe Melo 70' (g.p.) |