Bayern rebentou com o tiki-taka (4x0)

Vantagem praticamente definitiva para o FC Bayern München nas meias-finais da Liga dos Campeões. Os bávaros golearam o FC Barcelona, esta terça-feira, por 4x0, na primeira mão disputada na Alemanha. Thomas Müller (2), Mario Gómez e Robben apontaram os golos.

O FC Bayern München confirmou no palco maior da Liga dos Campeões o momento soberbo que atravessa há largos meses. A vítima foi tão só o FC Barcelona, que na Baviera caiu sem resistência, por 4x0, aos pés do já consagrado campeão alemão; mas a equipa de Jupp Heynckes quer mais, muito mais, porque está talhada para isso.

Mais do que a evidente supremacia germânica, o jogo desta noite atestou em definitivo que o ciclo deste mega-Barça europeu corre seguramente para o fim. Foi abismal – a espaços – a diferença de velocidade e ritmo das duas equipas; isso e a inteligência com que o Bayern anulou uma e outra vez o tiki-taka enferrujado dos catalães, especialmente pelo trabalho do duplo pivot Javi Martínez/Bastian Schweinsteiger.

Foram quatro, mas…

Thomas Müller bisou frente ao FC Barcelona - Foto FC Bayern München

O atestado de superioridade bávara escreveu-se, sobretudo, na segunda parte, já depois de Mario Gómez ter ampliado a justa vantagem que transitava do primeiro tempo. Ao 2x0 seguiram-se três lances no espaço de 10 minutos que podiam ter dado de imediato outra robustez aos números da vantagem alemã. Mas Müller, Ribéry e Robben pecaram sempre na pontaria. Até aos 73 minutos, altura em que o extremo holandês fez um golo soberbo, ainda que precedido de uma irregularidade.

A saída rápida para o contra-ataque foi conduzida por Ribéry – que deixou Messi sentado -, Schweinsteiger recebeu à entrada da área e serviu Robben na direita; o holandês tirou um catalão do caminho e de ângulo apertado atirou perfeito ao segundo poste para o 3x0. A única mancha na jogada perfeita foi a falta de Müller sobre Jordi Alba, impedindo o defesa espanhol de disputar o lance com Robben. 

Mas a dissecação de um FC Barcelona impotente não ficou por aqui. Minuto 82, Alaba e Ribéry entenderam-se de olhos fechados e serviram de bandeja o «bis» a Thomas Müller. Era a consagração final de uma equipa que reclama seriamente um lugar na história; mais não seja pelo facto de na noite de 23 de abril de 2013 ter mostrado ao mundo que a relação de forças no futebol europeu está a mudar – ou já mudou. 

Nem Messi, nem nada

Do jogo blaugrana conta-se pouca coisa objetiva. Com Lionel Messi em campo mas sem a magia de outras noites, a formação catalã passou pelo pesado relvado de Munique sem uma única verdadeira ocasião de golo; um golo que podia deixar a eliminatória praticamente equilibrada para Camp Nou, onde já nesta edição da Liga dos Campeões virou uma derrota perante o AC Milan. O problema é que este Bayern está duas galáxias à frente dos rossoneri.