VerdeRubro 26-04-2024, 17:53
O SC Braga está na final da Taça da Liga. Numa noite gelada em Braga, depois de um jogo que também não foi muito quente ou emotivo e que chegou ao fim dos 90 minutos regulamentares sem qualquer golo, a decisão saiu da marca dos 11 metros. Leva a melhor a equipa minhota com Quim a defender a derradeira grande penalidade e a ganhar o epíteto de herói contra a antiga equipa.
Artur Moraes, Cardozo e Luisão foram os únicos titulares do jogo de domingo com o Paços de Ferreira que entraram de início, esta noite, em Braga. Talvez devido às segundas escolhas que Jorge Jesus lançou na partida, se notou desde cedo a falta de ideias dos encarnados. Previsível, o Benfica, ao contrário do que nos tem habituado, entregou a iniciativa de jogo ao SC Braga, que não se fez rogado e testou, por várias vezes, os reflexos do guardião que cumpriu 32 anos no passado mês de janeiro.
Artur Moraes, o salvador
Apesar de o primeiro lance de perigo da partida ter pertencido ao Benfica, com Rodrigo a surgir na esquerda e a atirar à barra da baliza de Quim aos cinco minutos, foi a equipa minhota que mais tentou e procurou o golo. Baiano foi o primeiro, aos 13´, obrigando Artur Moraes a defender para canto.
Na resposta, Cardozo ainda abanou as redes da baliza de Quim, mas estava em posição irregular e o tento não contou.
Além da falta de ideias que se notava na equipa encarnada, também o entrosamento não era o melhor. Que o digam Melgarejo e Jardel, que quase ofereceram o golo a Mossoró, após um mau atraso do paraguaio. Valeu, outra vez, um valente Artur, que saiu dos postes e corrigiu o lance que poderia ter colocado os minhotos em vantagem.
Benfica melhora mas o filme mantém-se
Não foram os reflexos de Quim que Rodrigo testou, no reinício da partida. O cabeceamento do jogador das águias saiu perfeito mas à figura do guarda-redes que, por um simples acaso e outro tanto de instinto, defendeu o que poderia ter sido o primeiro tento do Benfica.
O Benfica entrou melhor no segundo tempo no gelado estádio AXA, muito em parte graças a Aimar, lançado por Jorge Jesus para o lugar de Cardozo, mas Rodrigo pareceu sempre muito sozinho e incapaz no ataque encarnado.
Fosse pelo frio, fosse pelo tic tac do cronómetro, a verdade é que a qualidade do jogo caiu, com o Benfica a assumir mais as despesas da partida e o SC Braga a surgir mais cauteloso. Aos 76 minutos, Nico Gaitán embrulha-se com Leandro Salino na grande área bracarense, levantando a dúvida se ficou ou não uma grande penalidade por marcar.
Sem entrar em polémicas, Alan arregaçou as mangas e voltou a levar a equipa minhota para o ataque, obrigando Artur, outra vez ele, a defender com as pernas para canto. Na resposta, e num contra-ataque encetado por Rodrigo e em que o Benfica surgia em superioridade numérica, Aimar obrigou Quim a sair dos postes, a cobrir bem o ângulo e a defender para canto.Hugo Viana, ele que costuma ser feliz neste tipo de lances, disparou de longe, tentando a meia distância. Quase golo, mas a sina dos penáltis parecia traçada.
Inversão do filme da época passada. O SC Braga disputou a meia-final da Taça da Liga com o Gil Vicente e após um empate a duas bolas em Barcelos, os gilistas levaram a melhor e venceram por 4x2 no desempate através da marca dos 11 metros.
Esta noite, a jogar em casa, o SC Braga inverteu o rumo da história. Na lotaria das grandes penalidades, Rodrigo marcou, Alan permitiu a defesa a Artur e Luisão fez o mesmo com Quim. Custódio cumpriu, Enzo Pérez também, tal como João Pedro. Roderick claudicou e atirou ao lado do alvo. Amorim marcou e Quim defendeu o penálti a Nico Gaitán, levando o SC Braga para a final da Taça da Liga.
O Benfica falha a sua quinta final consecutiva da Taça da Liga, que vai na sua sexta edição. O SC Braga tem a possibilidade de conquistar o primeiro troféu em muitos anos na história do clube.
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