Só em tempo de compensação é que os adeptos do Benfica puderam respirar de alívio. Após 90 minutos em que os jogadores encarnados se mostraram desinspirados, Lima marcou o golo da vitória por 1x0 através de uma grande penalidade.
O triunfo arrancado a ferros perante uma Académica muito organizada defensivamente permite às águias continuar a dividir a liderança do campeonato com o FC Porto e voltar às vitórias na prova, depois do empate cedido frente ao Nacional da Madeira, na jornada anterior.
Primeira parte sem golos
A Académica entrou em campo com a lição bem estudada e apresentou-se bastante organizada do ponto de vista defensivo. Com esse elevado rigor na defesa, os estudantes não permitiram que o Benfica criasse grandes ocasiões de golo na primeira parte.
Ricardo esteve perto de não ser batido no Estádio da Luz ©Carlos Alberto Costa
O sucesso da equipa orientada por Pedro Emanuel deveu-se ao facto de ter anulado bem os extremos Salvio e Ola John. O argentino e o holandês estiveram pouco em jogo e assim não criaram os desequilíbrios habituais, situação que tornou o jogo do Benfica mais lento, mais previsível e, logicamente, mais fácil de controlar por parte dos forasteiros,
Ainda assim, as únicas situações de golo registadas ao longo dos primeiros 45 minutos foram do Benfica. Rodrigo, Maxi Pereira, Lima e Enzo Pérez tentaram a sorte, mas umas vezes a bola foi ao lado da baliza e noutras Ricardo, guarda-redes da Académica, mostrou-se seguro.
O primeiro tempo terminou, assim, com um empate sem golos e que se justificava essencialmente pela boa prestação defensiva da Académica (ofensivamente praticamente não existiu) e pela falta de capacidade dos homens de Jorge Jesus em contrariar a estratégia adversária.
Vitória chegou de penálti no tempo de compensação
O jogo corria de feição à Académica, mas do ponto de vista do Benfica era preciso um abanão, ou seja, mais velocidade para que o ataque dos encarnados conseguisse surpreender a defesa bastante organizada dos estudantes.
Melgarejo rematou ao poste ainda com o 0x0 no marcador ©Carlos Alberto Costa
Nesse sentido, as águias entraram bem na segunda parte. Ola John rematou uma bola ao poste e Rodrigo obrigou Ricardo a aplicar-se logo nos primeiros minutos. Contudo, foi apenas o início porque com o passar dos minutos assistiu-se a uma espécie de repetição da primeira parte.
A Académica, com dez jogadores perto da sua área (apenas Salim Cissé ficava mais adiantado), apenas se preocupava em manter-se coesa a defender e a verdade é que o Benfica não conseguia criar perigo. Para mudar isso, Jorge Jesus mexeu na equipa, colocando Kardec, Gaitán e Carlos Martins, mas a verdade é que isso não chegou para os jogadores do Benfica ganharem mais inspiração e desfazerem o empate, apesar das oportunidades de que os encarnados dispuseram.
Salvio, Lima, por duas vezes, e Melgarejo, este com um remate à barra, estiveram bastante perto de colocar o Benfica em vantagem, mas Ricardo insistia em manter as suas redes invioláveis. Situação que durou até ao terceiro minuto de compensação.
Numa altura de desespero, Artur Moraes lançou a bola para a área da Académica, Gaitán foi puxado por João Dias e o árbitro, bem, assinalou grande penalidade. Lima foi chamado a converter a grande penalidade e não desperdiçou a oportunidade de bater Ricardo e manter o Benfica na frente do campeonato, a par do FC Porto.
BENFICA
EMPATE
ACADÉMICA OAF