Responsabilidade inglesa versus sonho galês

A terceira jornada da fase de grupos é, por norma, a fase das decisões. O Grupo B não é exceção, apesar de algumas equipas estarem bem mais próximas de ver as contas fechar a seu favor.

País de Gales e Inglaterra são considerados rivais, mais por um dos lados do que pelo outro, mas existe uma certa cumplicidade entre estes dois vizinhos da Grã-Bretanha, que tão bem se conhecem. Nesta ocasião o desespero está do lado de Bale e companhia, pois precisam de um pequeno milagre para alcançar um apuramento que os ingleses vêm como quase garantido.

Grã-Montanha para escalar

Apesar de chegar a este jogo depois de uma desapontante exibição frente aos EUA (0-0), a seleção dos três leões ainda lidera o grupo devido à goleada com que inaugurou a participação neste Mundial (6-2, frente ao Irão). 

Isso significa que basta uma vitória para assegurar o primeiro posto. Caso o Irão não ganhe e os EUA não superem uma diferença de quatro golos, até o empate será suficiente.

Do lado galês, a tarefa é hercúlea. A derrota frente ao Irão (2-0) colocou a equipa de Robert Page quase sem pulso e agora não só é preciso bater a Inglaterra pela primeira vez no século XXI, como também é necessário um empate entre Irão e EUA. Caso esse jogo alheio tenha um vencedor, passa a ser necessária uma improvável vitória por quatro golos.

Da parte de Southgate são esperadas algumas mexidas, depois da gritante falta de criatividade no último jogo. Foden seria uma adição bem-vinda, numa equipa que não contará com James Maddison e Ben White, ainda lesionados. Walker já treina, mas dificilmente será titular.

O País de Gales terá Ward na baliza, devido à suspensão de Hennessey por expulsão, mas isso não terá influência no resultado. O verdadeiro desafio é superar um adversário que não vencem desde 1984, registando seis derrotas consecutivas desde então, e logo no maior palco de todos.