Futebol é eficácia. Ponto final. No único remate que fez em todo o Mundial até ao momento, a Costa Rica marcou um golo que derrotou o Japão (0-1), que lhe valeu os primeiros três pontos na fase de grupos... e que reabre todas as contas deste Grupo E.
Perante diferentes estados de alma depois da primeira jornada, o jogo foi de muito menos a mais e acabou por ser madrasto para um Japão que pastou em demasia uma partida que acabou, justa ou injustamente, por pender para a Costa Rica.
As muitas mudanças (cinco) na equipa do Japão, principalmente no ataque, só mostravam a confiança do seu selecionador em toda a equipa, uma vez que a cambalhota frente à Alemanha começou depois das alterações. Mas a oportunidade acabou por desperdiçada... por todos.
Percebendo que, assim, não ia a lado nenhum, o Japão acabou por dar a bola à Costa Rica para tentar que se abrissem espaços para a velocidade dos seus jogadores da frente... mas nem assim. "Obrigada" a ter a bola, a Costa Rica mostrou que é uma das piores seleções deste Mundial, apresentando uma surpreendente nulidade na capacidade ofensiva.
Num breve resumo, era preciso mudar. Mudar tudo, de preferência. As oportunidades não existiram, a intensidade também não e não há outra forma de o dizer: foi uma primeira parte fraca e só havia espaço para melhorar.
Vamos já ser diretos: os primeiros minutos da segunda parte foram melhores que toda a primeira. O Japão mexeu no intervalo, voltou a apostar nos três defesas que deram a volta à Alemanha e deu outro protagonismo a Morita, dando logo outra cara.
⌚️Apito final: JAP 0-1 CRC
⚠️Oito jogos depois a 🇨🇷Costa Rica volta a vencer num Campeonato do Mundo (V 1-0, Fuller).
A última vitória tinha sido na 2.ª jornada da fase de grupos do Mundial 2014 frente à Itália (V 1-0, Bryan Ruiz) pic.twitter.com/mrOMYnsLHe
— playmakerstats (@playmaker_PT) November 27, 2022
Tinha faltado mobilidade, criatividade e intensidade e os Samurais voltaram ao jogo com tudo isso. Uma mão cheia de oportunidades e um sufoco que tinha tudo para dar golo. Mas, estranhamente, pouco durou.
Do nada, sem dar sequência ao belo início de segundo tempo, o Japão guardou a bola e voltou a ter uma posse pastosa e demasiado recuada, sem que a bola chegasse aos desequilibradores jogadores da frente nipónica. E claro que o futebol não perdoa.
No primeiro remate enquadrado em 171 (!!!) minutos... a Costa Rica marcou. E em grande estilo, já que Fuller, com ou sem intenção, marcou um golaço, fazendo um chapéu a Gonda e soltando a surpresa total no jogo e no Mundial, tamanha era a expetativa por este Japão que bem tentou, a custo, chegar ao empate... mas ficou à porta.
Durante a toda a partida, e perante a estranha passividade ofensiva do Japão, a Costa Rica conseguiu aguentar bem fechadinha na sua defesa e soube ferir no momento certo a seleção nipónica!
Não exageramos se dissermos que esta primeira parte foi a pior de todo o Mundial. Zero oportunidades, pouca intensidade e passes à rugby: para o lado e para trás. O Japão, principalmente, tem capacidade e jogadores para bem mais.