Luís Estrela: «Fizemos uma exibição muito positiva»

No final do jogo entre Benfica e Novasemente, os dois treinadores foram à zona mista analisar a partida.

Luís Estrela em discurso direto

Sobre o jogo: «Penso que a nossa equipa esteve, em termos de organização ofensiva, muito bem. Em termos de organização defensiva, conseguimos condicionar o espaço nas costas, os lançamentos longos na ala contrária, as individualizações nos corredores estivemos sempre uma, ou duas, coberturas muito bem posicionadas. Não caímos no erro de fazer muitas faltas que nos condicionou nos jogos do campeonato.

Em termos estratégicos, penso que oscilámos bem as zonas do campo para pressionar, e tentámos, claramente, fazer uma boa gestão da posse de bola, e encontrar os momentos certos para final. Penso que tivemos uma dose de eficácia superior àquilo que temos tido, de qualquer maneira não foi o ideal. A partir do momento em que estivemos em vantagem penso que gerimos bem e, portanto, os primeiros 28 minutos, penso que estivemos, estrategicamente, organização ofensiva, defensivamente e, em termos organizacionais, positivamente.

Depois, quatro para cinco, foi algo que nós trabalhámos imenso, porque temos sofrido alguns golos. Temos trabalhado diariamente nesse fator, penso que hoje fomos bastante competentes, não foi fácil, 12 minutos e 30, se não me engano, a defender o cinco para quatro do Novasemente, uma equipa com muita qualidade, que tem algumas lesões, e tem um plantel de enorme qualidade e muito bem orientado. Portanto, de forma global, penso que fizemos uma exibição muito positiva e conseguimos o principal objetivo que era estar presente amanhã. Portanto, é desta forma que eu analiso o jogo que se passou agora.»

Sobre se há contas a ajustar com o Nun’Álvares: «Certo, é uma boa análise, mas eu queria virar aqui um bocado o paradigma. O Benfica perdeu a última final, que foi uma situação dolorosa para nós, que nos obrigou claramente a querer melhorar, e não ficámos nada satisfeitos. Mas o Benfica venceu três jogos este ano ao Nun’Álvares, portanto venceu a Supertaça, venceu o jogo do campeonato, e já com a minha entrada, vencemos no campo do Nun’Álvares num jogo em que estávamos também muito limitados em termos de lesões.

Portanto, dois pontos, são duas equipas de enorme qualidade, nós estamos extremamente focados em amanhã, no que temos de fazer, temos preparado estas últimas semanas, um bocado também, com a possibilidade de enfrentar aqui três adversários, o Santa Marta, o Nun’Álvares na final. Temos aqui esses dossiês muito bem preparados, agora vamos fazer uma recuperação física das atletas, emocional, e a equipa técnica tem tudo o que necessita para passar a informação de, estrategicamente, como é que devemos abordar o jogo.»

Sobre a final: «Sobre a final, disse bem, é uma final, nós não reagimos nada bem à última final perdida. Queremos claramente inverter a situação, queremos sair amanhã com o troféu da taça. É desporto, sabemos que não podemos antecipar cenários, estamos muito focados, vai ser um jogo decidido aos detalhes, e a equipa que estiver, na minha perspetiva, melhor dose de eficácia, melhor controlo em termos emocionais e, também, em alguns momentos, superiorizar-se com alguma ponta de sorte em momentos cruciais, penso que tem alguma vantagem, e nós estamos cá para competir.

Não é vingança, queremos, em termos de desporto, atingir os nossos objetivos, e vou-lhe dizer uma coisa, as nossas jogadoras estão extremamente focadas com o jogo de amanhã. Não nos sentimos inferiorizados pelo resultado que não foi obtido, sentimos sim motivamos, porque percebemos, numa análise global, que temos potencialidades de amanhã sair por cima, e de conquistar a taça, mas temos de estar ao nosso melhor nível.»

Miguel Oliveira em discurso direto

Sobre o jogo e o facto de ter apenas 9 atletas na ficha: «É complicado. Tenho quase um quarteto na bancada, e faz sempre falta para rodar. Acho que entrámos bem na primeira parte, sofremos, fomos um bocadinho abaixo. Na segunda parte ainda tentámos equilibrar com o 5x4+GR, houve alturas em que conseguimos, mas a bola também não quis entrar. Parabéns ao Benfica, e boa sorte para a final.»

Sobre se podia ter marcado: «A questão aqui é que depois chega a um ponto em que o cansaço é tão grande… as minhas jogadoras estão extenuadas. Tenho jogadoras a jogar com o nariz partido [Cátia Balona]… a Novasemente é isto. Na adversidade, tentámos dar a volta por cima.»

Sobre a claque de apoio: «É um grupo que são jogadores juvenis e juniores, com alguns pais, que decidiram vir ver e apoiar-nos. Há uma sinergia muito grande entre o masculino e o feminino, e hoje está comprovado aqui. A Novasemente é uma família.»