Partidos, partidos, eleições à parte: «O desporto fica sempre no fundo da cadeia alimentar»

Portugal vai a eleições no próximo domingo, para eleger o próximo Primeiro-Ministro e consequentemente o novo governo do país. O zerozero falou sobre o tema, no programa 4ª à GRANDE. Desafiámos os comentadores a descortinar as propostas políticas dos partidos que vão a sufrágio neste ato eleitoral.

Luís Cirilo, adepto do Vitória SC, destacou a importância de criar mais espaços para a atividade desportiva e haver mais apoios para os clubes «de freguesia», tendo sintetizado: «O que está proposto é, mais uma vez, fazer do desporto o parente pobre. Os partidos continuam, do desporto, a gostar do dia em que chegam as seleções com medalhas para tirar umas selfies porreiras. Se olharmos para os programas dos partidas não encontramos, lá, inspiração nenhuma».

Para José Pedro Pais, adepto do Boavista, o tema dos direitos televisivos e a ausência de verbas orçamentais para o desporto é algo que deve merecer maior cuidado: «Somos um país totalmente ligado ao futebol, mas com pouca coragem de intervir no futebol. Espero que exista essa coragem na questão dos direitos televisivos. O grande problema é também a desconsideração que tem para com o desporto, pelo facto de não haver verbas orçamentais para o desporto. Já sabemos que é um parente pobre e fica sempre no fundo da cadeia alimentar».

Por sua vez, João Miguel Fernandes, adepto do SC Braga, lamentou a ausência de melhores condições para os atletas terem uma carreira dual, tendo exemplificado com Mariana Machado, atleta dos minhotos que teve de congelar a sua matrícula no curso de medicina para se dedicar ao atletismo. Tornou, igualmente, público um caso que tem entre portas: «A minha filha joga futebol, ela queria ter um horário mais da manhã para poder treinar de tarde e eu tive que a mudar de escola. A escola onde ela estava só tinha horários, no 12º ano, que terminavam às 19h05. Todos.»

Há 21 partidos ou movimentos políticos a concorrerem às eleições legislativas do próximo domingo, dia em que se vai conhecer o novo figuro político português, entre Primeiro-Ministro e os 230 deputados.