Grande exibição, colorida com um resultado volumoso contra um pálido Boavista, que sai sem qualquer brilho da Taça de Portugal. Em Vila do Conde, depois da polémica dos bilhetes, viu-se um jogo com boas picardias nas bancadas (ninguém passou dos limites), mas uma luta desequilibrada em campo, com reflexos no marcador.
Na melhor fase do Boavista, o Rio Ave fez o segundo, arrumou o assunto e partiu para uma goleada que não deixa de ser notável, pese embora a qualidade individual e coletiva da equipa de Vila do Conde. A jogar assim, voltará à primeira em breve.
Não que fosse propriamente uma surpresa, pois já se sabia que a diferença entre as duas equipas estava no escalão onde jogam. Não pelo Boavista, mas pelo Rio Ave, que tem argumentos suficientes para voltar rapidamente à principal divisão do futebol. E, com os holofotes mais fortes, tratou de demonstrar que não é apenas uma questão de estatuto ou de nomes.
A vantagem chegou cedo, de penálti, mas já se justificava aí e, se dúvidas existissem, continuou a ser justificada depois, mesmo com um ataque alternativo, onde Aziz e Fábio Ronaldo foram novidades.
Ao intervalo, João Pedro Sousa trocou os dois do meio-campo e as melhorias foram imediatas. O Boavista cresceu e, com o vento a favor, chegou perto da baliza, aproveitando também alguma intranquilidade de Léo Vieira, guarda-redes habitualmente suplente dos vilacondenses.
Pelo meio houve uma bola na trave, por parte de Gorré, mas nem por isso deixou de ser a pior imagem da época por parte do Boavista.
4-0 | ||
Zé Manuel 14' (g.p.) Guga Rodrigues 73' Gabrielzinho 86' 88' |