É típico da festa da Taça de Portugal, especialmente nesta fase, que se torça pelos pequenos em oposição aos maiores, em busca dos sempre bem recebidos «tomba gigantes». Neste jogo em particular, qualquer cenário podia ser visto dessa forma. Em casa jogou Vitória FC, histórico do futebol português, frente a um FC Vizela em clara ascensão.
Venceu o do primeiro escalão, por 0x2, frente a um menos favorito clube do terceiro, quando há menos de dois anos estes dois emblemas estavam em posições trocadas. No final não sabemos quem é o gigante, nem se este tombou, mas sabemos que este domingo houve um bom jogo de futebol no Estádio do Bonfim.
Num jogo quase sempre equilibrado, em que o Vizela tentou sempre pautar mais o seu jogo à procura dos espaços certos, o Vitória também mostrou facilidade na hora de chegar ao ataque e criar perigo, quase sempre através da velocidade e drible de individualidades (que jogo fez Kamo-Kamo!), ainda que sem produto final.
Quem brilhou do lado visitante foi o norte-americano Alex Méndez. Já não era titular pelo Vizela desde a primeira jornada do campeonato, em Alvalade, mas voltou a ser escolhido por Álvaro Pacheco e aproveitou a ocasião para brilhar. Foi ele quem abriu o marcador aos 27 minutos e que, 10 minutos depois, iniciou a jogada em que Nuno Moreira assiste Schettine. Entre os dois golos, um momento belo: no 29º minuto, número da camisola do ausente José Semedo, o Bonfim aplaudiu em luto pela esposa do veterano jogador.
O segundo tempo foi, em muito, semelhante ao primeiro, embora não se possa dizer que tenha sido tão equilibrado. O Vitória libertou-se das amarras e criou um maior volume de chances, mas continuou a ver-se do lado perdedor neste conto de eficácia. A entrada de Mendy trouxe maior presença na área, mas será recordada como um fracasso do avançado que falhou dois golos feitos e condenou os sadinos à eliminação.
0-2 | ||
Alex Méndez 28' Guilherme Schettine 37' |