Ensaio com nota negativa para Portugal. A seleção nacional perdeu ao início da noite com o Uzbequistão, por 1-3. A seleção asiática foi sempre mais perigosa, ainda que Portugal tenha tido mais bola. Perante o empate a 1 bola dentro dos minutos finais, Portugal arriscou tudo com o guarda-redes avançado, mas a estratégia saiu ao contrário, e foram os asiáticos quem marcou por duas vezes já no último minuto.
O nulo ao intervalo espelha bem o que foi a primeira parte, em que as reais oportunidades escassearam. Mas diga-se, em abono da verdade, que se alguma das equipas tivesse que estar na frente, o mais justo seria que fosse o Uzbequistão, que foi a equipa mais perigosa, ainda que Portugal tenha tido maior domínio do jogo.
A seleção das quinas entrou com um 5 inédito – o primeiro sem Ricardinho, desde o início da preparação – e também alterou as rotações dos quartetos, rodando os jogadores em campo muito mais rapidamente que nas partidas anteriores. A alteração na abordagem ao jogo não baralhou os adversários, que foram fiéis às suas ideias de jogo: pressão alta no portador da bola, inteligência na ocupação de espaços, e transições rápidas à procura da finalização.
A receita causou muitos problemas a Portugal, que só conseguia ameaçar a baliza do Uzbequistão de bola parada. Os asiáticos respondiam de contra-ataque, e só não abriram o marcador à passagem do minuto 9’ porque Mashrab Adilov não conseguiu acertar na baliza deserta de Portugal.
Na baliza nacional, quer Bebé, quer Edu, responderam com qualidade às investidas dos asiáticos, ao passo que Ravshan Elibaev também esteve bem, ainda que o principal problema da equipa portuguesa tenha sido a falta de pontaria de Tiago Brito e Pauleta, principalmente.
A primeira oportunidade da segunda parte pertenceu à seleção asiática, mas foi Portugal quem abriu o marcador, logo aos 23’, por intermédio de André Coelho, num lance em que fica a ideia de que o recém-entrado Umarov poderia ter feito melhor – ainda toca na bola antes de entrar.
A resposta do Uzbequistão não se fez tardar. Aos 24’, Edu impediu o golo do empate a Khushnur Erkinov, mas, logo a seguir, não conseguiu resolver o lance na saída da baliza, e Khusniddin Nishonov apareceu para repor a igualdade.
Portugal voltou a pegar no jogo, mas os usbequistaneses nunca ficaram desconfortáveis no jogo, respondendo à letra às investidas nacionais, dando tanto trabalho a Vítor Hugo como já tinham dado a Bebé e Edu.
A equipa nacional não conseguia desbloquear o jogo – nem o resultado – e com cerca de minuto e meio para jogar, Jorge Braz parou o cronómetro e lançou Tiago Brito como guarda-redes avançado. A estratégia saiu ao contrário, e depois de um livre que Portugal não aproveitou por desentendimento entre os jogadores, Davron Choriev aproveitou para colocar o seu país em vantagem – Vítor Hugo ainda se esforçou para chegar a tempo, mas não conseguiu impedir o golo. O tento sofrido desnorteou os portugueses, que ainda sofreram o 1-3 a 19 segundos do final, apontado por Ilkhomjon Khamroev.
1-3 | ||
André Coelho 23' | Khusniddin Nishonov 24' Davron Choriev 40' Ilkhomjon Khamroev 40' |