A campanha de 2016, quando o País de Gales chegou às meias-finais do Campeonato da Europa, parecia pesar de forma "fatídica" sobre a equipa de Rob Page na antecâmara do torneio deste verão, mas a verdade é que até prova em contrário a equipa galesa tem sido (novamente) uma agradável surpresa no maior certame europeu de seleções.
Com a Itália já apurada, o duelo de Roma (17h) afigura-se decisivo para o País de Gales, que depois do empate com a Suíça e da vitória sobre a Turquia está a um ponto de avançar para os oitavos de final da competição. Um contexto que poucos acreditavam ser possível à entrada para a jornada decisiva do Grupo A, tendo em conta os créditos da Suíça e o talento turco.
Para a renovada campanha positiva dos galeses muito tem contribuído um Gareth Bale a recordar os melhores momentos. O (ainda) jogador do Real Madrid tem sabido ser a figura central de uma equipa com talento limitado mas abnegação inesgotável, sublinhando essa importância no coletivo com duas assistências frente à Turquia - que fizeram esquecer o penálti atirado para as «nuvens».
A jogar em casa, a seleção italiana tem sido implacável neste Europeu. As duas vitórias categóricas sobre a Turquia e a Suíça não deixaram margem para dúvidas: esta squadra é mesmo para levar a sério. Com o apuramento para os oitavos de final selado, a equipa de Roberto Mancini quer fechar o Grupo A com a (primeira) cereja no topo do bolo: o 1.º lugar.
Sem castigados, a única «mancha» na pintura perfeita da Itália até ao momento é a lesão de Giorgio Chiellini. O experientíssimo defesa central abandonou o jogo com a Suíça aos 24 minutos e é a grande ausência para o derradeiro encontro da fase de grupos, sendo ainda um cenário incerto o do eventual regresso para o encontro dos oitavos de final.
Giorgio Chiellini
Chris Mepham e Ben Davies
Roberto Mancini conseguiu formar uma das mais fortes equipas italianas dos últimos anos. O conjunto transalpino tem várias figuras de renome, mas é na força do coletivo que tem impressionado neste Europeu. Com o apuramento já garantido, a «leveza» mental é ainda maior.
Poucos acreditavam que o País de Gales podia ser um sério candidato à passagem neste grupo, onde para lá da Itália figuram Suíça e Turquia. A verdade é que Rob Page parece ter sabido unir o grupo e a motivação galesa tem sido um trunfo importante nesta fase final.