Nuno Dias celebra título, Joel Rocha lamenta três golos num minuto

Após a conquista do título por parte do Sporting, Nuno Dias e Joel Rocha estiveram na zona mista do Pavilhão da Luz. À comunicação social, Nuno Dias elogiou a entrega dos seus jogadores para uma época perfeita, prometendo ambição para continuar a conquistar títulos. Joel Rocha, por outro lado, afirmou que a vantagem fez mal à sua equipa e reconheceu o mérito do Sporting. O capitão João Matos também falou com a imprensa.

Nuno Dias: «Esta foi a melhor época de sempre»

A temporada: «Nem no meu melhor sonho acreditava num ano assim quando começamos a época em julho. Além de todas as conquistas, na fase regular terminamos em primeiro, com o melhor ataque e a melhor defesa. E em quase 50 jogos, em todas as competições oficiais, apenas perdemos por uma vez e no prolongamento. Em 40 minutos nunca perdemos. Com uma equipa que se reforça com Mamadú, Tomás [Paçó] e Zicky, ainda sub20, e vocês façam a vossa análise ao crescimento que esta equipa teve e depois ao nível da união e da cooperação, que vocês podem ver em jogo e em todas as competições que participamos. Esta foi a melhor época de sempre, porque ganhamos todas as competições e não foi só ganhar, foi ganhar de forma categórica. Hoje foi 6x2, também tínhamos ganho a Taça da Liga 6x2, foi de facto uma época extraordinária, só tenho de estar orgulhoso dos meus jogadores e da sua evolução. Além disso, não se esqueçam: Cardinal melhor marcador em janeiro com sete ou oito golos de diferença e lesiona-se. Para o lugar tivemos de ir buscar outro miúdo da formação, o Neves. Foram muitas as adversidades e ainda tivemos mais esta e não foi por isso que não ganhamos todas as competições em que participamos».

O futuro: «Quem está na alta competição só pode pensar em ganhar, pelo menos só vejo a alta competição desta forma. Quem se habitua a ganhar jamais quer perder e eu felizmente tenho tido o bom hábito de ganhar, porque felizmente estou inserido em grupos extraordinários, e este grupo é, de facto, do melhor que há a nível humano, social, de superação, de cooperação, de união, é dos melhores grupos que já estive. Agora, o crescimento dos miúdos tem de continuar. não podem ficar por aqui e este é o nosso trabalho: continuar a melhorar e querer mais. Este é por vezes um grande desafio, mas ao longo dos anos temos sabido ultrapassar e é dos maiores feitos que temos conseguido aqui. Não chega o que já alcançou, quer sempre mais e neste aspecto é um orgulho enorme este grupo de trabalho».

O sacrifício dos jogadores: «Foi o querer e a ambição, mas também a superação e o espírito de sacrifício. Vocês não fazem ideia do que alguns jogadores se sacrificaram para jogar hoje. Não fazem ideia do que foram os últimos treinos e estes últimos jogos. Alguns jogadores como Erick, como o Merlim, como o Taynan, como o Rocha, como o Zicky. Não fazem a mínima ideia de como eles se sacrificaram para jogar hoje».

Análise à final: «Em primeiro lugar os parabéns ao Sporting, é campeão nacional, foi melhor no jogo 1, e venceu, foi melhor no jogo 4, e venceu, e o Benfica foi melhor no jogo 2 e venceu, e no jogo 3, e perdeu. Mas isto faz-se de golos marcados, não sofridos e de vitórias acumuladas e o Sporting foi campeão, é uma grande equipa, mas que fique também registado que o Benfica também é uma grande equipa, e tenho orgulho em representar este clube e toda a instituição. Trabalhamos muito mas não conseguimos os resultados esperados».

Análise ao jogo: «O jogo de hoje começou equilibrado, sem grandes oportunidades, nós conseguimos fazer o 1x0 e depois creio que este golo até nos fez mal, porque nos relaxou, parece-me a mim. De forma repentina e quase seguida o Sporting faz três golos e ficamos por baixo no resultado por dois golos e no início da segunda parte procuramos mas o Sporting faz o 1x4 e continuamos a procurar, mas mais com o coração que com a cabeça, mas não desistimos em nenhuma bola, mas é o resultado que fica, que não corresponde às nossas expectativas e aos nossos objetivos e estamos obviamente tristes».

João Matos: «Ganhamos tudo o que havia para ganhar»

Análise à temporada: «É uma época histórica, conquistamos tudo! Foram 48 jogos, salvo erro, invictos, perdemos aqui no prolongamento e foi uma época extraordinária, um feito tremendo, com muitos jovens da nossa formação, que assumiram a pressão com uma maturidade muito acima da média e mostrando toda a sua qualidade e ambição e é uma época fantástica para todos nós. Ganhamos tudo o que havia para ganhar, estamos de parabéns».