Está encontrado o primeiro finalista desta edição dos play-offs da Liga Placard. Num jogo praticamente de sentido único, o Sporting não deu quaisquer hipóteses ao seu rival de Lisboa, o Benfica, venceu por 82x95 e está na sua primeira final desde o regresso da sua equipa principal.
Depois das renhidas derrotas nos dois primeiros jogos, disputados no Pavilhão João Rocha, desta eliminatória (92x86 e 83x75), o Benfica regressou a casa para defrontar o Sporting pela terceira vez, num jogo de tudo ou nada, onde apenas a vitória interessava às águias. Do outro lado, os leões sabiam também que uma vitória os qualificaria para a primeira final desde o regresso da sua equipa profissional. Os dados estavam lançados para mais um intenso dérbi.
Se nos dois primeiros jogos desta eliminatória a equipa comandada por Carlos Lisboa entrou uns níveis acima do habitual no que toca a defesa, desta vez o mesmo não se verificou, com a formação encarnada a apostar forte (e bem) no tiro exterior, que lhe valeu 15 pontos rápidos (cinco lançamentos concretizados em sete). Do outro lado, o Sporting entrou mais coletivo e sempre em busca do que a defesa contrária dava, apostando mais no jogo interior e no ataque ao cesto, fazendo ainda pressão alta aquando da saída de bola do Benfica.
Com o início dos segundos dez minutos, Luís Magalhães optou por rodar todo o seu cinco inicial e isso levou a um certo nível de desconcentração dos leões, que não foi desaproveitado pelas águias. Com Cameron Jackson a assumir um papel de maior relevo, dando maior «poder» e força ao jogo interior do Benfica, os encarnados colocaram-se na frente e não permitiram qualquer ponto adversário durante largos minutos, o que levou Luís Magalhães a pedir um timeout para refrescar e reagrupar.
Essa opção do técnico leonino, aliado ao regresso das principais figuras, acabou por ser a melhor para as suas ambições, uma vez que a equipa respondeu bem, melhorou bastante na defesa (e aproveitou algumas más tomadas de decisão do Benfica) e regressou rapidamente à vantagem no marcador, aproveitando a subida de forma de Travante (16 pontos ao intervalo). Betinho ainda lutou contra o ímpeto ofensivo leonino, mas os vários erros levaram o Benfica a perder por dez para os balneários (42x52), tornando a sua missão para a 2ª parte mais difícil.
Com o regresso dos balneários, esperava-se uma reposta do Benfica, que permitisse reentrar na discussão pelo resultado, mas os encarnados continuaram a cometer alguns erros no ataque e isso permitiu ao Sporting gerir a vantagem a seu bom proveito, aproveitando a boa entrada de James Ellisor. A gota de água para Carlos Lisboa chegou quando a meio do terceiro período o regressado Micah Downs (falhou os dois primeiros jogos devido a lesão) colocou os leões a vencer por 15 com um triplo contestadíssimo, obrigando a que fosse pedido um desconto de tempo.
Com uma vantagem do Sporting tão grande nas mãos, o último período acabou por não ter grande história. Os titulares mantiveram-se em campo do lado do Benfica, o Sporting começou a rotação passado um par de minutos e os encarnados ainda reduziram ligeiramente a desvantagem, mas Luís Magalhães soube «congelar» o ímpeto das águias e o melhor que estas conseguiram foi diminuir a desvantagem para 11 momentaneamente. No entanto, o Sporting acabaria mesmo por vencer por 82x95
Com esta vitória, o Sporting está na final do play-off da Liga Placard, a sua primeira desde o regresso da sua equipa principal. Os leões ficam agora à espera do vencedor da meia final entre o FC Porto e o Imortal, numa altura em que os dragões venceram os dois primeiros jogos. Caso a turma azul e branca vença esta sexta-feira os algarvios, marca encontro na final com o Sporting, com o primeiro jogo agendado para 21 de maio