Num jogo imprevisível e com grande pendor ofensivo, a AS Roma despediu-se das lides europeias com um triunfo por 3x2 sobre o Manchester United. No entanto, os red devils avançam para a final da Liga Europa, muito às custas do resultado da primeira-mão.
Entre lesões e várias ausências, Paulo Fonseca promoveu cinco alterações no seu onze titular, ao qual foram chamados Antonio Mirante, Rick Karsdorp, Roger Ibañez, Lorenzo Pellegrini e Pedro Rodríguez. Já Ole Gunnar Solskjaer apresentou três novidades: Eric Bailly, Donny van de Beek e Mason Greenwood.
Com quatro golos de vantagem na eliminatória, os red devils entraram mais relaxados, como era de prever. Perante isto, os giallorrossi carregaram forte no ataque e colocaram David de Gea à prova em várias ocasiões. Contudo, o guardião espanhol ganhou os duelos com Gianluca Mancini, Lorenzo Pellegrini e Henrikh Mkhitaryan.
Este balanceamento ofensivo acabou por desequilibrar a defesa romana e Edinson Cavani dispôs de duas ocasiões soberanas para abrir o ativo. Depois dos avisos, o avançado uruguaio (39') acabou mesmo por castigar os pupilos de Paulo Fonseca e acentuou ainda mais o domínio inglês nesta eliminatória.
Com 7x2 na eliminatória, o emblema de Manchester relaxou ainda mais e Ole Gunnar Solskjaer aproveitou para rodar a equipa. Já os homens da capital italiana recusaram desistir e encetaram a reviravolta em três minutos: Edin Dzeko (57') surgiu sozinho à boca da baliza a cabecear para o empate e Bryan Cristante (60') deu o melhor seguimento à recuperação de Lorenzo Pellegrini, com um tiro indefensável.
Castigada pela sua defesa, a formação da casa voltou à carga e fez o poste da baliza adversária tremer, graças ao remate de Henrikh Mkhitaryan. No entanto, o recém-entrado Nicola Zalewski (83') acabou por impor alguma justiça no resultado e finalizou o belo trabalho de Davide Santon.
Apesar da derrota, o Manchester United apresentou uns serviços mínimos eficazes e suficientes para triunfar nesta eliminatória, por 5x8. Agora, os red devils vão tentar conquistar a Liga Europa pela segunda vez e têm encontro marcado com o Villarreal para o dia 26 de maio, na PGE Arena Gdansk (Polónia).
Apesar da grande desvantagem na eliminatória, a AS Roma nunca baixou os braços e, mesmo penalizada pela transição defensiva, produziu um grande volume ofensivo. Para azar dos romanos, do outro lado esteve o muro David de Gea, que protagonizou 10 defesas.
Se o ataque romano esteve em grande, já a defesa esteve muito mal. O setor mais recuado dos giallorrossi tremeu quando confrontado com os avançados adversários e consentiu dois tentos. Outro aspeto negativo é o excesso de lesões, que ilustram uma má preparação física da equipa.
Tal como o Manchester United, também a equipa de arbitragem entrou para este jogo relaxada. Logo a abrir, o conjunto liderado por Felix Brych deixou passar em claro uma mão de Gianluca Mancini, que esteve perto de originar um golo para a AS Roma. No critério das faltas e disciplina não há nada a registar, mas no segundo tempo houve mais uma mão (de Harry Maguire) que os juízes alemães deixaram passar.