Como encher o campo de duas formas

Trouxe mais presença ao ataque portista - talvez merecesse entrar mais cedo - e, depois de uma ou outra ameaça sem perigo, marcou um golo sublime, que apenas pecou por tardio. O iraniano abrilhantou um jogo onde as balizas acabaram por ser esquecidas.

Não só de golos e assistências se fazem grandes exibições e Jorginho provou isso mesmo. Cerebral, o internacional italiano realizou uma exibição absolutamente formidável com e sem bola, mas sobretudo sem. Não deu grande espaço a Sérgio Oliveira, pressionou de forma inteligente e liderou o meio-campo blue com enorme categoria.

Mais uma vez, super eficaz. A idade parece não passar por Pepe e, a este nível, a sua qualidade faz muita diferença. Para além da experiência e da voz de comando, faz quase tudo bem em termos individuais.

Se os companheiros se mostraram mais desinspirados, Pulisic tentou desequilibrar ao máximo. O norte-americano conseguiu romper linhas e aparecer na profundidade com alguma regularidade. Esteve perto do golo, mas Marchesín não deixou.

A exibição do FC Porto nesta segunda-mão valeu muito pela consistência defensiva. No coração da defesa, Mbemba e Pepe estiveram à altura para travar o ataque rápido, móvel e talentoso como é o do Chelsea. O congolês desempenhou a sua função com muita eficiência, apesar das arrancadas contrárias pelo flanco direito portista.

Não jogou na primeira-mão, mas a importância de Thiago Silva esta noite foi notória. A par de Pepe como o mais experiente em campo, o central brasileiro mostrou serenidade pelo ar e pelo chão, tendo conseguido coordenar a linha defensiva dos blues durante o jogo todo. Foi bem auxiliado, é certo, mas conseguiu travar bem os duelos com Marega.

Noite muito desinspirada para o criativo alemão. Jogou numa zona mais central mais como falso ponta-de-lança, mas, mais uma vez, não conseguiu mostrar a sua qualidade. Falhou passes, outros não os rececionou e sentiu muitos problemas em ultrapassar a defesa portista.