Foi preciso um rasgo de génio para acabar com a seca

E dois meses depois eis que o Famalicão volta às vitórias na Liga NOS. Um triunfo arrancado a ferros nos Açores, frente ao Santa Clara, e que precisou de um toque de génio de Lukovic para ser conquistado.

Por seu lado, o Santa Clara mantém as dificuldades em ganhar em casa (apenas uma vitória) e, apesar de até ter estado mais tempo por cima, voltou a mostrar que a saída de Thiago Santana ainda não está colmatada.

Pressão tirou qualidade

©Vítor Parente / Kapta+

Do lado do Famalicão o perigo (ou as ameaças) vinham de Gil Dias. Jogando agora na direita do ataque e não como lateral esquerdo, o antigo jogador do Mónaco mostrou novamente que pode ser uma peça importante no que resta da temporada nos minhotos. Já o Santa Clara vivia quase exclusivamente de bolas na profunidade e de uma solidez defensiva e no meio-campo impressionantes.

Apesar disto tudo, perigo sério foi algo que não vimos nos primeiros 45 minutos, com exceção para um ou outro lance de bola parada e de uma ou outra bola colocada na profundidade.

Faltava o golo

©Vítor Parente / Kapta+

O golo trouxe emoção e urgência, mas não qualidade. Daniel Ramos arriscou, meteu velocidade no jogo e foi feliz ao conseguir o empate. Uma má saída do Famalicão e Diogo Queirós a marcar um auto-golo, a meias com Carlos Júnior.

E podemos dizer que depois do 1x1 as duas fizeram aquilo que muitas vezes acontece em Portugal. Preocuparam-se em não perder e não em ganhar. Fecharam-se as linhas, desapareceram as figuras (Gil Dias à cabeça) e passaram a jogar com o tempo.

Só que houve alguém que não foi nessa conversa do empate. Num rasgo de génio, Lukovic fez o 1x2 já perto do fim, num remate inesperado de livre, quando todos previam um cruzamento. Um golo para recordar e que valeu ao Famalicão o fim de uma seca de cerca de dois meses sem vencer.

E este campeonato tem isto de bom. O Famalicão entrou na jornada nos lugares de descida, com o Santa Clara a entrar no meio da tabela. Com este resultado as duas equipas ficam agora separadas por apenas um ponto e a pressão aumenta agora nos Açores.