O ouro saiu do banco e o tesouro esteve tão perto...

Muito provavelmente a melhor exibição de Francisco Geraldes desde que voltou ao Rio Ave. Entrou na segunda parte, deu alma à equipa e ajudou os vilacondeses a encostar, veja-se só... o AC Milan! Não merecia aquele penálti no poste, que daria o apuramento. 

Entrou tarde, mas criou logo impacto. Aquele golo rompante na entrada do prolongamento alimentou e muito o sonho do Rio Ave que conseguiu engolir o adversário durante largos minutos. É um dos jogadores mais diferenciados da equipa e consegue acrescentar muito. Mas vindo do banco também é outra loiça...

Inquieto, disponível, com um enorme à vontade entrelinhas. Foi um dos grandes destaques do meio-campo vilacondense, sempre com pausa e muito pendor ofensivo. 

Um autêntico monstro (no bom sentido) na manobra defensiva. Destruiu, construiu e ainda colocou a cereja no topo com aquele Panenka no momento da famosa lotaria. Mais um dos que não merecia o desfecho. Enorme exibição.

Foi, de facto, o único elemento positivo de um AC Milan apático e pouco perigoso. Marcou o golo, sim, mas mostrou muita inquietude e vontade de mudar o rumo dos acontecimentos na frente de ataque, onde os italianos acabaram por ser presa fácil.

Tanto não acrescentou como saiu ao intervalo. Começa a ser difícil perceber a evolução de Samu Castillejo e se, de facto, tem condições para ser uma mais valia na formação transalpina. Pouco mostrou durante o tempo que esteve em campo.

Foi uma cartada surpreendente de Stefano Pioli, mas Daniel Maldini, filho de Paolo, não conseguiu ser feliz em campo. Pouca bola teve, poucas triangulações conseguiu com sucesso e mais pareceu um espírito estranho em campo. Demasiado cruel? Talvez. Mas ainda é muito jovem.