Luís Filipe Vieira apresentou um contrato de quatro anos a Jorge Jesus, mas o treinador português preferiu um acordo de dois anos para regressar ao Benfica. O técnico de 66 anos admite que as águias não devem ser o último desafio da carreira.
«Dificilmente vou acabar a minha carreira no Benfica. Não sei o dia de amanhã. Posso acabar a carreira no Benfica, mas não sei. O presidente ofereceu-me quatro anos e foram dois. Eu só queria um. Queria voltar ao Benfica, queria voltar a Portugal», referiu em entrevista à BTV.
Jesus abordou ainda a saída para o rival Sporting no passado, depois de terminado o contrato com o Benfica, e ainda a relação com o presidente das águias.
«Os adeptos do Benfica olham para mim como treinador, o que fiz quando cá estive está marcado pela positiva. Não me podem analisar de outra maneira. [Mudança para o Sporting] Faz parte da minha profissão. Não tenho nada que me possa dizer que eu sou treinador de um só clube. Neste momento, sou treinador do Benfica e vou trabalhar da melhor forma para honrar o símbolo e a honra do clube. Não podem dizer que eu ainda não cheguei e que já estou a pensar na saída», justificou.
«As pessoas acharam que o meu ciclo na altura tinha acabado. O futebol é assim. Inclusive agora, as pessoas que estão no Benfica determinaram que o ciclo no Benfica tinha de mudar e contrataram-me. As pessoas não podem ficar melindradas. Nunca tive num estádio com 70 mil pessoas durante todo o jogo a gritar pelo meu nome. Nunca tive e não vou ter, a não ser que volte para lá. Não havia outra pessoa que me pudesse tirar de lá a não ser Luís Filipe Vieira. Foi ao Brasil e trouxe-me de volta», anotou.
«Nunca tive nenhuma afirmação que pudesse pôr em dúvida o meu trabalho durante a minha passagem pelo Benfica. Fui simplesmente para outro rival. Sempre tive uma aproximação muito grande com o presidente. Nunca houve um presidente que tivesse entrado na minha casa, só o presidente do Benfica o fez. Ele apenas esteve em defesa dos direitos do Benfica e eu do Sporting. Não me arrependo de nada. Eu só tentei defender a minha entidade patronal e o Benfica a mesma coisa. Não gosto de falar muito nisso. O facto de eu estar no Benfica neste momento é porque eu fiz um trabalho que foi bom», concluiu.