O pedido de renúncia de Álvaro Cordeiro Dâmaso ao cargo de presidente Mesa da Assembleia Geral da SAD do Benfica causou apreensão, até porque estão marcadas eleições para o próximo mês de outubro. Mas a verdade é que o ex-dirigente dos encarnados, que saiu também por razões pessoais, não poupou nas críticas à liderança de Luís Filipe Vieira.
«Não estou de acordo com a linha que está a ser seguida pelo Benfica. Tenho a certeza de que contribuí para a estabilidade na SAD. (...) Mas a verdade é que a administração do Benfica se tornou demasiado singular e não posso pactuar com isso. Não direi ditatorial. Mas o Benfica não é de uma pessoa só. E não pode ser só a vontade de uma pessoa a decidir os destinos de uma grande instituição. Senão, veja-se o que sucedeu noutra instituição por onde passei e onde foi só uma pessoa a decidir os seus destinos, como sucedeu no Montepio», atirou, em declarações ao Record.
Para substituir Álvaro Cordeiro Dâmaso no cargo foi eleito Rui Carlos Pereira, antigo vice-presidente do mesmo orgão social, pelo menos até ao sufrágio que se avizinha.