Mais um triste incidente no futebol português. No regresso à Cidade dos Arcebispos após a partida em Paços de Ferreira, a comitiva do SC Braga foi atacada na A7, «já próximo da saída para Guimarães Sul», através de «pedras de grande dimensão».
A comitiva, para além do autocarro, incluía ainda o carro do presidente António Salvador e uma viatura de apoio, com o ataque a ser confirmado pelos arsenalistas durante a madrugada. A «escolta de batedores da GNR» de nada valeu e «por mera felicidade não resultaram em ferimentos».
«O futebol não pode ser um veículo de ódios tão primários e de comportamentos criminosos, mas cabe às forças da autoridade a tomada de ações imediatas, evitando a todo o custo que chegue o dia em que lamentemos consequências mais dramáticas», escreve o SC Braga em comunicado.
«Por dever de denúncia pública, o SC Braga confirma as notícias que dão conta de que a sua comitiva foi atacada na viagem efetuada após a vitória em Paços de Ferreira. Apesar da escolta de batedores da GNR, as viaturas onde seguiam a equipa e os responsáveis do Clube foram apedrejadas na auto-estrada A7, já próximo da saída para Guimarães Sul. A comitiva – que incluía o autocarro, a viatura do Presidente e um veículo de apoio – foi surpreendida com o arremesso de pedras de grande dimensão, atiradas a partir da berma e que por mera felicidade não resultaram em ferimentos que, dado o porte dos objetos e a velocidade a que seguiam as viaturas, poderiam revestir-se de enorme gravidade para os elementos que integravam a comitiva.
Se a cobardia daqueles que levam a cabo tais ataques não pode sequer ser adjetivada, importa porém alertar consciências e tomar medidas de escrupulosa severidade para que tais atentados à vida humana não se repitam. O futebol não pode ser um veículo de ódios tão primários e de comportamentos criminosos, mas cabe às forças da autoridade a tomada de ações imediatas, evitando a todo o custo que chegue o dia em que lamentemos consequências mais dramáticas. Quem repetidamente age na impunidade e coloca em risco vidas alheias não pode ter lugar na nossa sociedade e deve ser encarado como uma séria ameaça à mesma e à segurança que todos prezamos.
O SC Braga já apresentou as devidas queixas policiais e acompanhará ativamente este processo, que se espera exemplar e dissuasor de episódios futuros.»