Etapa concluída com sucesso! O FC Porto foi a Tondela ganhar por 1x3 e dar outro passo para o 29.º campeonato nacional. Numa segunda parte intensa e polémica, os dragões ganharam com justiça e tiveram em Marega, uma vez mais, um homem capaz do melhor e do pior. Ainda assim, nada que belisque um triunfo que coloca a pressão no Benfica... haverá campeão já hoje?
Ainda os termómetros tocavam os 30ºC quando Fábio Veríssimo apitou para o começo de um jogo que tinha tudo para ser de aproximação ao provável título. A pressão para o FC Porto era positiva e a almofada pontual permite que já não se sinta a ansiedade de outras jornadas. E, na equipa de casa, saber que Vitória FC e Portimonense tinham perdido também tirava alguma da carga pesada que a equipa de Natxo ainda carrega, enquanto a matemática não garantir a sexta época seguida no principal escalão.
Empurrados pelos adeptos, presentes numa unidade hoteleira ao lado do estádio, os portistas esbarraram na organização defensiva dos tondelenses, que ocuparam de forma densa a zona central do campo, retirando todo o espaço que aí Corona e Otávio pudessem ter. Uma arrancada de Manafá, alguns lances de Telles pela esquerda, mas um futebol muito curto (e que perdeu o lesionado Sérgio Oliveira perto do intervalo) para justificar algo mais que o 0x0.
Algo que, é justo ser dito, também se aplica do outro lado. Cauteloso e a jogar pela certa, o Tondela tentou ser incómodo pela esquerda, o que, a certa altura, pareceu um desperdício, tantas vezes que Moufi teve todo o espaço disponível pela direita... mas sem bola.
Num canto, Danilo foi forte na antecipação e Niasse, o tal que tinha estado em grande, foi pequeno na abordagem e nada socou. A abrir a segunda parte, o FC Porto desbloqueava o jogo e os adeptos, que mudaram de varanda para continuarem a ver a equipa a atacar (isto do futebol hoje em dia obriga ao improviso), agitavam as bandeiras.
Um golo que, ao contrário de Paços de Ferreira, fez bem ao FC Porto, que continuou a trocar a bola, a encontrar espaços e a visar baliza. Não admirou que o segundo aparecesse, em mais uma boa ação de Corona, a servir Marega para este não vacilar.
Natxo começou por mexer mal. Entre os golos portistas, colocou Murillo por João Pedro (estava a ser dos melhores) e começou a tentar bolas para a área, mas sem ponta de lança. Corrigiu depois do 0x2, dando mais opções com Ronan e Strkalj, com Xavier a apoiar.
Com os beirões a tomarem conta do jogo em posse, o FC Porto ficou confortável para lançar contra-ataques perigosos, que podiam ter ampliado o marcador, mas que viram Uribe cometer falta na área e dando um penálti que o Tondela aproveitou para relançar o jogo.
A toada não foi diferente: Tondela com bola, FC Porto na expectativa. Só que, se primeiro correu bem aos tondelenses, depois foram os portistas a sorrir, num penálti ganhou por Marega que Fábio Vieira concretizou, a entrar nos descontos. Uma vitória que, para além de justa, deixa o título à distância de três pontos.
Arbitragem com momentos discutíveis. Parece não haver canto no lance do primeiro golo do FC Porto ao passo que os penáltis parecem bem assinalados (ainda que algumas dúvidas na posição onde acontece o do Tondela). Além dos lances capitais, Fábio Veríssimo voltou a demonstrar alguma incoerência que, mais do que difícil de entender em alguns momentos, confunde também os jogadores.
Podiam não ter sido, mas foram. Os 20 minutos do FC Porto da segunda parte foram de domínio total e, ao contrário do período até aí, de oportunidades e golos. O intervalo fez bem à equipa de Conceição, que voltou melhor e que aproveitou o deslize de Niasse para abrir caminho para a vitória.
Incompreensível. Já tinha marcado, tinha ganho o penálti e tinha garantido o lugar nos destaques do jogo. Mas Conceição, numa medida que se entende como em prol do coletivo, pediu para ser Fábio Vieira a marcar o penálti. O maliano não gostou, pontapeou a bola, arrastou-se nos últimos minutos e saiu de seguida, não ficando para a roda final. Muito feio. E desnecessário.