Ficaram-se pela Plata

Não encantou, mas numa exibição em que ninguém o fez, Plata dos que mais se deu ao jogo, mostrando sempre a habitual irreverência com bola. A expulsão de Haliche também nasce de um lance em que acreditou que podia e conseguiu mesmo roubar a bola ao defesa adversário em zona proibida.

Temos assistido a um Coates diferente desde a chegada de Rúben Amorim, muito mais confiante com bola e forte na saída de jogo. Hoje voltou a sê-lo, tendo sido também o patrão da defensiva leonina – ganhou praticamente todos os duelos.

Filipe Soares tem sido um dos destaques do Moreirense ao longo da temporada e é fácil perceber o porquê. O médio é forte com o sem bola, tal como demonstrou no jogo desta noite. Deu criatividade e esteve perto do golo num remate acrobático. Somou algumas perdas de bola, mas é um dado que acaba por ser natural tendo em conta que é quem mais arrisca.

Seguro defensivamente, Rosic teve vários cortes de qualidade e conseguiu algo ainda mais importante, segurar Sporar. O avançado pouco se viu ao longo dos 90 minutos e muito se deve à boa presença defensiva do sérvio, que se revelou decisivo para segurar o nulo no marcador.

Com Battaglia em campo notava-se que faltava ritmo e criatividade ao meio-campo leonino – Matheus Nunes não esteve particularmente bem no capítulo do passe – e Wendel veio melhorar isso mesmo, ofereceu critério e ainda ficou perto do golo.

Um defesa central não pode facilitar e foi exatamente o que Haliche acabou por fazer. Não se apercebeu da presença de Plata, rodou onde não podia e perdeu a bola, sendo depois obrigado a fazer uma falta que lhe valeu a expulsão. Na repetição ficam algumas dúvidas sobre o contacto do extremo, mas, ainda assim, a abordagem do argelino ao lance não é, de todo, a mais correta.