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    Treinador em entrevista ao zerozero

    Nuno Resende falou ao zerozero do projeto do Trissino e das suas ambições

    Nuno Resende assumiu o comando técnico do Hockey Trissino e falou ao zerozero sobre as ambições que leva da Lombardia e do Lodi, para o Vêneto e o Trissino.

    O treinador de 44 anos vai para a sexta temporada em Itália, depois de ter entrado de uma época no Matera e quatro em Lodi. Nos giallorossi voltou a dar títulos e implementou um estilo de jogo que deixou marca. Agora, no Trissino, quer conseguir adaptar-se bem a tudo para que possa deixar o seu «cunho pessoal».

    A confiança que o Trissino depositou em Nuno Resende

    «O Trissino aparece de uma forma natural, é um clube do qual eu tive a oportunidade de conhecer as pessoas nos últimos anos e criar uma relação de amizade e eles souberam esperar. Tiveram sempre atentos, respeitaram muito os timings, no sentido em que eu disse que quando achasse que o meu ciclo em Lodi tinha terminado por vontade minha. Foi aquilo que eu achei em meados de dezembro e comuniquei isso ao dirigentes ao Lodi, porque achei que precisava de ter outras realidades, outras confrontações para poder crescer também e aí houve a possibilidade do Trissino. Conversamos, respeitaram os meus timings relativamente à minha decisão final, sabendo sempre que o regresso a Portugal seria a minha opção número 1».

    Nuno Resende assumiu o comando técnico do Hockey Trissino ©Facebook Hockey Trissino

    «De uma forma muito natural, depois de olhar para as propostas que tinha, achei que a do Trissino era a que dava mais confiança para esta nova aventura, de me desafiar, de sair do meu conforto que era estar em Lodi. É uma realidade nova e sinto-me bastante feliz com esta tomada de decisão, feliz por ter a possibilidade de ir para um clube pequeno, mas por aquilo que já tive a oportunidade de conhecer na cidade, é um clube de gente humilde, de gente que está com muita vontade de trabalhar, crescer e evoluir, e isso estimula a dar coisas e receberes muita energia da estrutura.

    «É um alento ter isto nesta fase de paragem, para conseguires perceber a mentalidade, montar uma ideia de jogo e tudo isso leva o seu tempo e este tempo a mais que eu tenho leva-me a estruturar as coisas com mais calma e mais rigor para que o início seja menos difícil».

    «Saio de consciência muito tranquila»

    Nuno Resende esteve quatro épocas no Amatori Lodi ©Facebook Luís Querido
    «Saio de consciência muito tranquila do trabalho que foi feito. Agradeço a oportunidade que tive durante quatro anos de trabalhar numa cidade em que o hóquei é vivido de forma espetacular. Sei que cresci e maturei bastante e hoje sou um treinador diferente. Acho que alguma coisa contribui para o crescimento do Lodi e para aquilo que hoje é o Lodi no panorama, quer nacional, quer na Europa, como equipa que aparece para ganhar e não apenas para competir».

    A realidade de Trissino

    «A intenção da cidade é que possa viver o hóquei de forma diferente. Têm a expectativa, e é o desejo deles e nosso, de continuar a crescer. Penso que é nisso que podemos contribuir, para criar uma identidade Trissino, não queremos ser iguais, queremos ser Trissino e eu tenho de perceber o que é Trissino. Quem chega tem de perceber o que é Trissino e ver o que podemos dar em termos de paixão, em termos de emoção, em termos de vivência da própria cidade para que isto funcione. Nós somos parte de um espetáculo, enquanto treinador tenho de criar um modelo de jogo que seja atrativo, que seja vencedor. Os jogadores têm de perceber isso, têm de ir ao encontro das ideias do treinador para que haja empatia com os adeptos e os adeptos se sintam satisfeitos».

    Nuno Resende já foi apresentado pelo emblema do Vêneto ©GS Trissino
    «Numa primeira fase queremos que os adeptos se sintam satisfeito com o jogo que estamos a produzir, em termos de qualidade, agressividade positiva, resiliência, são todos valores que para mim são fundamentais e para o clube e a cidade também. Depois, se conseguirmos a cada jogo sermos positivos e ganharmos para chegar às fases de decisão para estar na luta por coisas positivas».

    «A pista é diferente, o pavilhão é diferente, jogamos ao domingo em casa, não jogamos ao sábado à noite. Temos de perceber a tradição do Trissino. Os últimos não foram muito positivos fora de casa e temos de perceber a mentalidade que temos de mudar para que os jogos fora de casa sejam vividos da nossa forma iguais e consigamos muito mais pontos e qualidade fora de casa».

    «Vamos ver a velocidade, a verticalidade tem de estar ali, a agressividade defensiva também»

    «O jogo? Vamos ver a velocidade, a verticalidade tem de estar ali, a agressividade defensiva também, mas temos de perceber que alguns jogadores são diferentes. Sempre de adaptar as realidades individuais ao sentido coletivo da equipa para chegar aquilo que eu acho que é um modelo de jogo, quer ofensivo, quer defensivo. Vamos ver como a equipa reage, agora que será, em termos gerais, algumas semelhanças como foram os últimos quatro anos: com saídas rápidas para o contra-ataque, ou retornos rápidos e pressionantes, uma equipa que terá posse e que gosta de ter no ataque posicional capacidade de decidir, uma equipa que defensivamente seja forte e que sofra poucos golos, agora é tudo trabalho a fazer».

    Resende não assume candidatura e explica

    «Candidato a ser campeão é algo que eu não posso assumir, nem o clube deve assumir pois não tem tradição nesse sentido. O Trissino há muitos, muitos anos, que não anda ali, nem a uma final chega. Não podemos agora, porque chega o Nuno Resende, o João Pinto ou este ou aquele dizer que queremos ser campeões. Acho que era de uma falta de humildade e de respeito por aquilo que outras equipas têm feito e mantém o direito a esse estatuto».

    João Pinto acompanha Nuno Resende do Lodi até Trissino ©Facebook Lodi
    «Nós queremos ser competitivos, queremos ganhar muitos jogos, estar ali em posições importantíssimas nos play-off e chegar lá com capacidade. Acho que temos qualidade para isso, mas temos de na prática ver. Aquilo que conseguimos fazer no primeiro trimestre, aquilo que vamos crescer no segundo trimestre, para ver como estamos no último».

    «A experiência diz-me que qualquer tipo de ansiedade ou de vivência apaixonada nesta fase é negativa, porque vamos ter jogos maus, resultados que não estávamos à espera, vai haver boas exibições e se andarmos a viver de uma forma desequilibrada estes momentos, vai nos tirar lucidez para aquilo que é fundamental que é estar equilibrados para a fase dos play-off. Importante é chegar à fase final fortes, mas não somos, nem nos podemos colocar como candidatos ao título. Se o tivermos que fazer a seu tempo o faremos, mas temos que o merecer para que isso seja uma realidade».

    Caio, João Pinto e muito mais

    «É um plantel de extrema qualidade, um plantel que tem experiência, com jogadores com quem já trabalhei e isso para mim é fundamental, porque eu conheço-os e eles conhecem-me, bem ou mal sabem as minhas características. Há jogadores que já foram campeões comigo e isso é positivo para um clube, e para um grupo, ter jogadores que sabem o que é isso. Depois o Caio sabe o que é isso, o João sabe o que é isso, juntando a isso temos jogadores com muita qualidade e muita progressão que é algo que gosto».

    Caio, que já foi colega de equipa de Resende, vai ser treinado pelo português em Itália ©Zé Paulo Silva

    «Tenho tido essa felicidade de nos últimos anos poder trabalhar com jogadores assim e ter no plantel gente como o Davide e Gabriele Gavioli, dois irmãos, sendo que Davide está uns passos à frente e tem uma qualidade tremenda. O Faccin é um jogador que está a tardar, no meu ponto de vista, algum tempo a afirmar-se e julgo que é um ano importante para ele, e para nós, para aproveitarmos as suas capacidades. Um Andrea Scucatto que é um jogador que não tem passado despercebido, pois tem feito excelentes trabalhos, mas julgo que lhe falta o projeto e a equipa que lhe possa potenciar e ele ser um jogador influente».

    «É tentar mesclar, pois é um plantel longo e que me pode dar garantias para uma rotação muito equilibrada e uma gestão física muito tranquila para todas as competições que vamos enfrentar e agora é só por a máquina a andar e a funcionar».



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