Desconfiado do resultado, com frustração, mas ciente de que a sua equipa fez «o melhor jogo» da era Daniel Ramos. O Boavista até pode ter perdido, contra o Moreirense, mas o desempenho agradou ao treinador dos axadrezados.
«É um misto de sensações. Claramente, esta foi a melhor exibição do Boavista desde que cá cheguei. O jogo mais bem conseguido. Ofensivamente muito bom, defensivamente a cedermos pouco. Somos confrontados com muita coisa boa, quase tudo bom, menos o resultado. (...) Propusemo-nos a dar uma imagem diferente, aproveitámos o tempo de paragem. Do ponto de vista tático, irrepreensíveis, intensidade de jogo altíssima, provavelmente fomos das melhores equipas na intensidade e dinâmica de jogo. Fisicamente, conseguimos jogar mais tempo e sentimos dificuldades por parte do adversário. Quando se tem isto tudo, 24 remates, tanto caudal, não podemos chegar à beira dos jogadores e mostrar insatisfação. Mas... Afinal, temos valor para isto, ao contrário de algumas dúvidas no passado. Só tenho pena que não tenha dado vitória, porque amanhã os títulos eram «Grande Boavistão!». Que grande exibição fizemos. E se calhar não vão olhar isso, porque foi o Moreirense que acabou por ganhar. Pelo menos nós, equipa técnica, temos a consciência tranquila em relação ao que fizemos», referiu, em conferência de imprensa.
E passou, depois, a enumerar tudo o que de bom viu a sua equipa fazer, pese embora a derrota por 0x1: «Nós tínhamos feito vários jogos-treino, fizemos muito bem o trabalho de casa e apresentámos excelente nível físico aqui, para além de uma grande dinâmica com bola, a crescer sempre no jogo, com reação à perda muito boa, intensidade alta, procurar jogar para a frente, variação de jogo, jogadas bonitas, triangulações, muito remate, muita oportunidade, estrategicamente também estivemos bem ofensiva e defensivamente. Tanta coisa boa, coletiva e individual, que aqui aconteceu hoje e não vamos poder valorizar com uma vitória, que dava outro alento. Ainda assim, fica a sensação de que este é o caminho».