As alcunhas são muitas: Air Jordan, Sua Alteza, Black Jesus, MJ, mas a principal é mesmo G.O.A.T., que, traduzido à letra para português significa O Melhor de Todos os Tempos. Michael Jeffrey Jordan nasceu a 17 de fevereiro de 1964, em Brooklyn, Nova Iorque. Transformou-se no maior fenómeno do basquetebol e da NBA, com medalhas de ouro, anéis de campeão, uma legião de fãs e como a inspiração de várias gerações de basquetebolistas.
O início
Os Bulls eram na altura um dos piores franchises da NBA e tinham assistências médias de cerca de 5 mil pessoas, mas tudo isso estava prestes a mudar.
O estilo de jogo diferente, a capacidade atlética e a energia competitiva fizeram de Michael Jordan uma atração sem precedentes e os jogos dos Bulls passaram a estar ao nível de equipas como os LA Lakers ou os Boston Celtics. Esse crescimento de popularidade da Liga, que tinha começado anos antes com Magic Johnson e Larry Bird, e que se exponenciou com Michael Jordan é considerado o período que salvou a NBA e que a começou a tornar no fenómeno que é nos dias de hoje.
Assim que entrou na Liga Michael Jordan foi um caso sério. Foi rookie do ano em 1984/1985 e All-Star logo no seu primeiro ano. Dois anos depois vencia o primeiro de 10 títulos de melhor marcador da época na NBA e em 1988 foi pela primeira vez MVP, juntando a isso o prémio de Melhor Defesa, Jogador com mais roubos e Melhor Marcador. Mas faltava a Jordan a equipa para lutar pelos títulos. Apesar do sucesso individual, nos primeiros cinco anos na Liga, o melhor que o base conseguiu fazer foi chegar por duas vezes às finais de conferência no Este.
O primeiro título de MJ veio em 1990/1991. Numa equipa treinada por Phil Jackson e com jogadores como Bill Cartwright, Horace Grant ou Scottie Pippen, Jordan foi o líder da equipa com o melhor record da fase regular e que foi depois capaz de destruir os campeões em título Detroit Pistons na final de conferência e os poderosos LA Lakers na final. Seguiram-se mais dois títulos em 91/92 e 92/93, com domínio e com vitórias nas finais contra os Portland Trail Blazers e Phoenix Suns respetivamente.
Voltou a meio da temporada 1994/1995, já depois de uma tentativa no baseball profissional. E Jordan demorou apenas uma temporada a provar que ainda tinha o que era preciso para ser o maior jogador do Mundo. Em 1995/1996, claramente fora de forma foi eliminado na 1ª ronda dos playoff, mas na temporada seguinte, talvez a melhor da sua carreira, conduziu os Bulls ao então melhor record da fase regular, com 72 vitórias e 10 derrotas (marca ultrapassada recentemente pelos Golden State Warriors) e ainda ao título de campeão pela 4ª vez na sua carreira e na história da franquia. Foi o título mais emocionante da sua carreira, por ser o primeiro após a morte do pai, e a imagem de Jordan de joelhos a chorar após o apito final do jogo 6 contra os Seattle SuperSonics é ainda hoje mítica.
Seguiram-se mais dois títulos em finais contra os Utah Jazz, antes de se voltar a retirar. O seu último lançamento ao serviço dos Chicago Bulls valeu mesmo um título à equipa, no jogo 6 contra os Jazz, de Malone e John Stockton.
Nos dois anos que passou na capital dos EUA não conseguiu chegar aos playoff e retirou-se de vez no dia 16 de abril de 2003, na última partida da fase regular da época 2002/2003, frente aos Philadelphia 76ers. Saiu de cena com 32 292 pontos (está atualmente em 5º lugar), seis anéis, inúmeros records e ainda duas medalhas de ouro conquistadas nos Jogos Olímpicos de 1984 e 1992, este último com a Dream Team dos EUA.
É quase por unanimidade o melhor jogador de história do basquetebol e os seus afundanços ainda hoje fazem parte dos logos da Liga. MJ é o GOAT, MJ é a NBA e MJ é «Sua Alteza».