Esta quarta-feira, a SAD do Aves efetuou o pagamento dos meses de janeiro e fevereiro, algo que incluía o guarda-redes Beunardeu, que, recorde-se, rescindiu por justa causa evocando três meses de vencimentos em atraso.
Isto deve-se ao facto da administração alegar que ainda não recebeu qualquer tipo de notificação acerca da desvinculação do jogador e, por conseguinte, considera ainda o francês como jogador do Aves.
Em conversa com o jornal O Jogo, Carlos Saleiro, empresário de Beunardeau, garantiu ter a prova do envio da carta registada e revelou que a mesma também foi enviada para a Liga, Federação Portuguesa de Futebol e Sindicato de jogadores. «A data limite do pagamento seria até ao dia 5 de abril. A SAD afirma que já pagou ao Beunardeau? Ainda hoje [ontem] viu a conta bancária e não recebeu nada. A carta de rescisão foi enviada por correio registado no dia 6 de abril e temos o comprovativo da mesma. Foi enviada ao mesmo tempo para Aves, Liga, FPF e Sindicato, estes três últimos já a receberam», afirmou o empresário.
O advogado, Manuel Mirra, destacou que a Beunardeau basta ter a prova de envio do documento. «A lei está feita para que uma empresa não consiga dar a volta aos 91 minutos. A partir do momento em que o trabalhador tem três meses de salários em atraso, então pode rescindir. Se a SAD for a correr para pagar de pouco vale, porque é um direito automático de trabalhador. Tem é que ser comprovável», frisou.