Reviravolta e FC Porto na Final

O FC Porto conseguiu a qualificação para a final da Taça de Portugal, depois de dar a volta à meia-final frente ao Benfica no Estádio da Luz. A equipa de Villas Boas havia sido derrotada por 2-0 no Dragão, mas na segunda mão bateu os encarnados por 1-3, conseguindo mais uma vitória no terreno das águias nesta temporada. Moutinho, Hulk e Falcao marcaram para o FC Porto, Cardozo de penálti reduziu para os encarnados.

Ambas as equipas iniciaram a partida com surpresas no onze inicial, com Jorge Jesus a optar por Franco Jara em detrimento de Pablo Aimar, enquanto no FC Porto Villas Boas deu a titularidade ao uruguaio Cristián Rodriguez.

Os primeiros 45 minutos foram de grande equilíbrio, ainda que fosse o Benfica a equipa com mais posse de bola, conseguindo contrariar o habitual jogo dos azuis e brancos, que ainda assim conseguiram mais uma vez contrariar o futebol mais rápido por parte do Benfica. A primeira grande ocasião de golo pertenceu aos encarnados, que por intermédio de Javi garcia estiveram muito perto do 1-0, num lance de bola parada em que o espanhol cabeceou à vontade no coração da área portista, fazendo a bola passar muito perto do poste esquerdo de Beto.

Numa partida também marcada por alguns erros de passe de parte a parte, o FC Porto quase marcou perto do final dos primeiros 45 minutos, depois de uma grande arrancada de Hulk que, com Júlio César em desequilíbrio, rematou para defesa do guardião brasileiro, e na recarga fez a bola passar por cima da baliza do Benfica.

O nulo ao intervalo era o resultado mais justo, face à produção das duas equipas em campo, que dividiam o domínio e não conseguiram superiorizar-se ao adversário de forma clara.

Sem alterações nos dois onzes, o encontro manteve a mesma toada com que terminara os primeiros 45 minutos, com o Benfica a tentar gerir o resultado conquistado no Dragão, enquanto o FC Porto procurava um primeiro golo que recolocasse os azuis e brancos na discussão da eliminatória.

À passagem do minuto 64, João Moutinho coloca o FC Porto em vantagem. Ainda no seu meio campo, Fernando efectua um corte em carrinho, impedindo a progressão de Franco Jara e colocando a bola em Álvaro Pereira. O lateral esquerdo serve Cristian Rodriguez que, flectindo para o centro do terreno endossa a bola a João Moutinho para o remate forte e colocado do internacional português.

Seguiram-se 10 minutos de domínio da equipa do FC Porto, com a equipa de André Villas-Boas a marcar mais 2 golos, operando completamente a reviravolta na meia final. Primeiro foi Hulk, que em posição de fora de jogo, recebeu um passe de Álvaro Pereira para bater Júlio César, para 2 minutos volvidos Falcao ampliar a vantagem beneficiando de um desvio em Javi García.

Duas semanas depois a falange de apoio dos «dragões» voltava a festejar nas bancadas da Luz, e com os golos fora a poderem ser decisivos em caso de empate era necessário o Benfica marcar por duas vezes para marcar presença na Final.

Aos 78 minutos, Carlos Xistra assinala falta de Sapunaru sobre Saviola dentro da área portista, apontando para a marca de grande penalidade. Chamado à conversão, Cardozo não desperdiçou apesar de Beto ter estado muito perto de conseguir a defesa, já que o remate saiu para o meio da baliza.

Estava feito o 1-3, mas o FC Porto continuava em vantagem na eliminatória, faltando 10 minutos por jogar. Até final o jogo foi mais frenético que bem jogado, com o Benfica a tentar marcar o golo que lhe permitiria a passagem, mas com o FC Porto a conseguir em contra ataque aproveitar os espaços deixados no sector mais recuado da equipa de Jorge Jesus.

Com o apito final de Carlos Xistra, nova festa azul e branca no relvado da Luz, depois da festa do título. O FC Porto encontrará na Final do Jamor o Vitória de Guimarães, partida que se repetirá no início da próxima temporada na decisão da Supertaça.

Depois desta derrota que não estava certamente nas cogitações de Jorge Jesus, o Benfica tem agora «mais uma» final pela frente, discutindo no Sábado em Coimbra o jogo decisivo da Taça da Liga frente ao Paços de Ferreira.