Com um final assim é ainda mais saboroso

Uma manhã aterefada para a UD Oliveirense e com muito simbolismo. É que passada a inauguração oficial com direito a benção do pároco de Oliveira de Azeméis, o dia foi de estreia para o renovado Estádio Carlos Osório, recinto inutilizado durante praticamente dois anos consecutivos. O Penafiel apadrinhou o regresso a casa da formação oliveirense que venceu ao cair do pano (2x1).

Um ar bem fresco pelo ar jovem de uma casa com mais de 70 anos que motivou a presença de vários sócios e adeptos, que escolheram as bancadas cobertas para fugir ao tempo incerto, e o olhar atento do novo investidor, o japonês Akihiro Kin. E o relvado, prontinho a estrear, não teve o uso devido.

É que a primeira parte não contou com um futebol deslumbrante. Antes pelo contrário. Elevada dose de ansiedade por parte da formação de Pedro Miguel - utilizou a mesma fórmula do sucesso em Chaves - e incapacidade dos homens de Miguel Leal em imprimir alguma serenidade no jogo, levando a uma espécie de batalha sem grande coordenação. 

Demasiada bola pelo ar, muita luta no meio-campo, faltas e passes errados. Ainda assim, as melhores indicações partiram da dupla Agdon-Bouldini, mais ativa e decidida a causar estragos. Dos pés do brasileiro, num raro entrosamento coletivo bem conseguido, saiu a melhor oportunidade dos primeiros 45 minutos, mas a finalização deixou e muito a desejar e provocou o desagrado do frio (tal como o tempo) público presente.

Do lado contrário, os sinais foram praticamente nulos e a série de nove partidas sem vencer continuam a pesar na mente dos penafidelenses, parcos de criatividade e desligados em todos os momentos.

Quando a intensidade sobe, o atrevimento faz a diferença

Sermão no balneário, mudança de postura e um novo jogo. A UD Oliveirense aumentou a intensidade, subiu linhas e a pressão causou o efeito desejado com Agdon, desta vez com a pontaria afinada, a culminar da melhor forma uma jogada construída pelos dois Sérgios e por Leandro no flanco esquerdo.

Expulsão colocou o Penafiel em maus lençóis ©Rogério Ferreira / Kapta+

Uma seta envenenada no coração dos visitantes que se depararam com uma montanha acentuada para escalar, sentido, por outro lado, imensas dificuldades para acompanhar o andamento de um adversário com cada vez mais poder de fogo nas transições ofensivas. 

As sensações transmitidas apontavam para o 2x0, com Luís Ribeiro a desempenhar papel de destaque, e a aflição começou a tomar conta dos anfitriões que temiam o pior... que chegou devido a uma abordagem infeliz de Alemão, aproveitada por Felipe Macedo que estabeleceu o 1x1.

Quando o empate parecia o desfecho final, Malele, recém-entrado, disferiu um pontapé fulminante que deu os tão desejados três pontos para a UD Oliveirense, que vai sorrindo nesta LigaPro e que alcançou na tabela precisamente o rival deste domingo. Já o Penafiel...