O Aves regressou aos triunfos, ao fim de quase quatro meses, e assim de uma assentada o efeito da entrada de Nuno Manta Santos foi duplo: Ganhar e não sofrer golos, algo que o Aves ainda não tinha sentido esta temporada para a Liga NOS.
Nuno Manta Santos tinha a primeira experiência na nova casa, e depois da derrota frente ao Moreirense, o treinador mudou o onze, passou a adotar um 4x3x3 clássico com Mohammadi rápido na frente, e chamou três sub-23 a titular: Bruno Morais, Mangas e Banjaqui.
Manta surpreendeu tanto a defesa minhota, que logo aos seis minutos, Banjaqui foi travado em falta por Pablo na zona frontal e do livre Mohammadi abriu um marcador. Com um livre perfeito, rasteiro e para o poste do guarda-redes, mas Eduardo estava à espera de outra coisa e foi incapaz de segurar a bola.
A mudança fez com que os arsenalistas passassem a chegar com maior perigo junto da baliza de Bernardeau. A dupla Galeno e Sequeira esteve sempre com maior ligação, mas o Aves não se desbloqueava atrás e a ocasião mais flagrante de golo dos homens de Sá Pinto foi de contra-ataque. No entanto Galeno preferiu o remate ao passe para Paulinho, que estava em melhor posição para marcar, e falhou.
No segundo tempo o Aves mostrou logo que se podia alugar meio campo, completamente atrás da linha da bola, e a agarrar-se à possibilidade de voltar a ganhar e a pontuar ao fim de 11 jogos, a equipa de Nuno Manta Santos passou por grande calafrios defensivos desde início. Paulinho foi o primeiro a ter o golo próximo, os adeptos do Braga chegaram a gritar golo, mas a bola não chegou a entrar.
O Braga tentou de todas as formas o golo, a maior parte das vezes com o futebol e bolas paradas, mas se para atacar e marcar é preciso saber, para defender também e nesse capítulo o Aves esteve instransponível: duas linhas defensiva próximas e muito solidárias fizeram com que o Braga não conseguisse ultrapassar Bernardeau.
Os minhotos bem tentaram, com muito futebol direto no final, mas o Aves soube segurar o golo solitário madrugador de Mohammadi.
Se é certo que o Aves não ganhava para a liga desde agosto, não é menos verdade que os avenses ainda não tinham terminado qualquer jogo do campeonato sem sofrer e nesta jornada teve essa estreia, e conseguiu isso graças à capacidade corporativista da defesa do Aves.
Pablo Santos e Bruno Viana foram os primeiros a sentir que o jogo não ia ser fácil para o SC Braga. Os amarelos madrugadores fez com que fossem os primeiros a errar e a fazer sentir à equipa que algo não ia correr bem.
Rui Costa não teve nenhum erro capital, mas foi acumulando uma série de pequenos erros que não deixaram que o jogo fosse fácil para ele. Permitiu dureza e confusão. Nunca soube ser salomónico e por isso nunca teve o jogo na mão.