Foi desta!!! Depois de duas finais de Liga Europa perdidas, em 2013 e 2014, Jorge Jesus foi feliz na final da Copa Libertadores, ao guiar o 'seu' Flamengo até à vitória frente ao River Plate (2x1), no Monumental de Lima, no Perú.
Um golo do colombiano Santos Borré, ainda no primeiro tempo, colocou a turma de Marcelo Gallardo em vantagem na competição mais importante da América do Sul ao nível de clubes, mas dois golos de Gabriel Barbosa ditaram a reviravolta épica do Mengão diante os Millionarios. E um deles ao minuto... 90+2'.
Sem segredos. Marcelo Gallardo revelou o onze para a final na véspera e Jorge Jesus não ficou atrás. Tudo claro para os dois e tudo confirmado no dia do encontro que reuniu a atenção de milhões de brasileiros e argentinos um pouco por todo o Mundo. A cerimónia de abertura foi bonita, à altura do espetáculo dentro das quatro linhas, e as emoções estiveram ao rubro. Do princípio ao fim.
Depois de ter perdido 2 finais (ambas na Liga Europa), Jorge Jesus vence uma final internacional
2013 Chelsea x Benfica✖
2014 Sevilla x Benfica✖
2019 Flamengo x River Plate✅ pic.twitter.com/TtUgyK5CzF
— playmakerstats (@playmaker_PT) November 23, 2019
Sem abdicar da sua filosofia, assente numa proposta de jogo muito virada para o ataque, com forte pressão sobre o adversário e num jogo rápido e objetivo, o River não desiludiu. Os Millionarios sufocaram o Flamengo e aplicaram uma intensidade no jogo muito difícil de contrariar e acompanhar por parte do emblema carioca, sobretudo no primeiro tempo.
Além disso, o River nunca teve problema em recorrer ao jogo físico (17 faltas só na primeira parte contra 6 do Flamengo), fruto da tal pressão que limitou os criadores e dificultou a chegada da bola a Gabriel Barbosa e Bruno Henrique, os goleadores ao serviço de Jesus, que neste encontro tiveram sempre muitas dificuldades para ter bola. E quando a tiveram não tomaram as melhores opções, à exceção de dois momentos (e que momentos!).
Ao contrário por exemplo de Matias Suárez, que fez um movimento de arrastamento da linha defensiva do Fla no cruzamento atrasado de Nacho Fernandez para Santos Borré aparecer em boa posição de finalização. Excelente momento, excelente finalização. Se estava difícil, ficou ainda mais para o Flamengo.
A segunda parte foi bem diferente da primeira. Depois de limitar o Flamengo durante 45 minutos, o River Plate não teve pernas para manter o ritmo para a segunda metade e acabou por sofrer as consequências.
🇧🇷Brasileiros que ⚽⚽bisaram em finais da Libertadores:
➡Coutinho
➡Pelé
➡Tupãzinho
➡Palhinha
➡Zico
➡Rafael Sóbis
➡Thiago Neves (hat-trick⚽⚽⚽)
➡GABIGOL
(não consideramos aqui Emerson Sheik, por ter nacionalidade 🇶🇦 e ter jogado pela seleção desse país) pic.twitter.com/CbnGFtK5lP
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Éverton Ribeiro teve uma excelente oportunidade para fazer o empate, aos 57 minutos, mas não teve engenho para bater Armani - que perdida!!! Jorge Jesus suspirava e pouco depois sofreu um duro revés com a lesão de Gerson. Parecia não ser o dia do Flamengo, mas quem tem Gabriel Barbosa, com o faro de goleador no máximo, arrisca-se a vencer qualquer jogo. E foi assim que aconteceu.
Gabigol restabeleceu a igualdade a um minuto dos 90 e consumou a reviravolta aos 90+2. É verdade, ironia das ironias, o minuto 90+2', fatídico para Jorge Jesus no campeonato português de 2012/13, virou o minuto da sorte nesta Libertadores.
Explosão de alegria. E não era para menos! O Flamengo batia desta forma, em apenas três minutos, o campeão da Libertadores em 2018. Desta vez não houve Gabigol, houve Ga(bis)gol!
Com este triunfo, recorde-se, o Flamengo carimba o passaporte para o Mundial de Clubes.
O Flamengo perdia por 0x1 aos 88 minutos, mas Gabriel Barbosa tinha outros planos para a partida. Apesar de ter passado despercebido em grande parte do encontro, Gabigol apareceu na etapa final para decidir. Dois golos e aumentou para 40 o número de remates certeiros na presente temporada. É o seu momento!
Os Millionarios entraram fortes no jogo, condicionaram a estratégia do Flamengo, mas tiveram uma quebra na etapa final que custou a vitória na Libertadores. O River tinha a Taça na mão e deixou-a escapar. Mérito para o Flamengo, mas também demérito para a formação argentina.