O Benfica foi absolvido das penas de realizar um jogo à porta fechada e pagar uma multa de 56 mil euros, depois de ter sido acusado de estar relacionado com as claques ilegais Diabos Vermelhos e No Name Boys. A decisão foi da juíza Susana Seca, do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, que conclui que, afinal, o clube da Luz não tem ligação aos grupos organizados de adeptos.
«Pode concluir-se que a permissão, por parte da recorrente [Benfica], de uso e porte pelos No Name Boys e Diabos Vermelhos de faixas e bandeiras para sectores determinados do estádio não constitui uma forma de apoio aos mesmos, mas sim constituem medidas de segurança a que qualquer promotor de espetáculo desportivo está vinculado a fim de assegurar que o espetáculo desportivo decorra com todas as condições de segurança para os adeptos e espectadores em geral», afirma a juíza.
O clube encarnado foi punido, no passado dia 27 de agosto de 2018, pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), pelo apoio ilegal às duas claques, que não estão registadas no organismo. As acusações passavam por 14 contraordenações, incluindo esse apoio em oito jogos da Liga NOS, Liga dos Campeões e Taça da Liga em 2018, com a permissão de colocação de tarjas e bandeiras no Estádio da Luz.
Contudo, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, pela pessoa da juíza Susana Seca, absolveu o Benfica, justificando que «não se pode concluir que, ao permitir a entrada de faixas e tarjas para os setores das claques acima indicadas, a recorrente [Benfica] promove uma discriminação positiva dos mesmos em relação aos demais adeptos, permitindo-lhes uma liberdade de atuação e de expressão que não é, de todo, deferida aos restantes adeptos e espetadores, uma vez que tais facilidades de acesso são obrigatórias por Lei».