Fechou-se um primeiro e belo dia de fim de semana de Taça de Portugal. Em Leça da Palmeira não houve, ao contrário de em muitos outros campos, qualquer surpresa. Não por falta de vontade, porque essa existiu, mas por diferença de qualidades. A missão do SC Braga não foi fácil nesta eliminatória. Houve a necessidade de correr muito e de conseguir gelar o ímpeto de um adversário movido por todas as forças e mais algumas. No final, venceu a equipa mais experiente, letal e cerebral.
Analisando a fundo e olhando para um marcador com um 0x2 ao intervalo, a ilação retirada pode não ser a mais correta. E a bem da verdade... O Braga, com maior ou menor mérito, conseguiu ferir o adversário em dois momentos-chave.
🛎 | APITO FINAL - FULL TIME
90’ Missão CUMPRIDA 🤜🤛#TaçaDePortugal | #LFCSCB | 1-3 | #VãoTerDeContarConnosco | pic.twitter.com/HVTSsPt4q2
— SC Braga (@SCBragaOficial) October 19, 2019
O Leça entrou em campo, perante o seu público, empolgado e decidido a causar estragos. E eles existiram. Acima de tudo com imenso coração. A pressão alta - o que dizer de Nelsinho, com 40 anos! - foi um facto, as aproximações também e a defesa bracarense viu-se em apuros durante alguns minutos.
Van Zeller teve no seu pé esquerdo o único remate enquadrado dos leceiros na primeira metade e obrigou Eduardo a sacudir uma bola que, ao mínimo deslize, daria golo. No lado oposto, os lances de perigo eram causados pelos rápidos contra-ataques dos alas, já que a dificuldade em construir desde trás era evidente.
Quanto a atitude guerreira, essa esteve mais do lado da casa. Perante o seu público, que enchia os pulmões de ar a cada cavalgada verde e branca, o Leça deixou uma imagem positiva. Faltou mais um passe, mais um remate, mais um pequeno toque!
Ora, quem não marca... arrisca-se a sofrer. É um clássico e em grande parte das vezes dita o destino. Assim foi. Wilson Eduardo - houve uma enorme onda de protestos por uma eventual mão na bola de Claudemir - e Ricardo Horta - no limite da linha de jogo - deram um balão de oxigénio a um favorito que já apresentou mais e melhor futebol. A beleza do desporto-rei...
Foi parecida, mas não igual. Leça empolgado, com posse, e um Braga letal. Os arsenalistas mostraram, claramente, uma faceta cerebral nesta partida, tanto que, decorridos poucos minutos do segundo tempo, Wilson Eduardo carimbou o 0x3 graças a um ótimo entrosamento atacante.
O tento de Adilson - muita serenidade no momento da finalização -, perto do apito final, galvanizou as gentes locais e as forças voltaram quando menos se esperava. Não houve Taça, mas pelo menos sonhou-se.
1-3 | ||
Adilson Silva 85' | Wilson Eduardo 25' 54' Ricardo Horta 42' |