A 3ª Eliminatória da Taça de Portugal reservou uma deslocação difícil ao Rio Ave, mas o desafio foi superado. A jogar a maior parte do tempo com 10 jogadores, a formação de Vila do Conde conseguiu um triunfo magro por 0x1, graças ao tento solitário de Nuno Santos.
Neste encontro, Carlos Carvalhal optou por rodar um pouco a equipa e apostar num 3x4x3, com Matheus Reis-Borevkovic-Monte no miolo defensivo, Carlos Mané na lateral direita e Pedro Amaral à esquerda. Já Pedro Ilharco apresentou o habitual 4x4x2 e o seu onze mais utilizado.
Os vilacondenses tiveram um primeiro tempo muito complicado, onde demoraram a adaptar-se ao piso sintético, ao contrário dos condeixenses, que foram os primeiros a criar perigo, através de um remate torto de Rui Pereira.
O ponta de lança dos visitados foi a unidade mais perigoso e o homem-referência dado o bloco defensivo baixo. A troca de bola dos rioavistas foi lenta, incapaz de criar penetrações, muito também por culpa da dupla Ailton-Suraj, que esteve bem no miolo. Perante este cenário, a melhor oportunidade dos primodivisionários acabou por ser um remate à figura de Pedro Amaral.Para agravar o cenário, Matheus Reis travou Rui Pereira em falta e recebeu ordem de expulsão. Com mais um jogador, o Condeixa subiu as linhas de pressão, mas o 0x0 imperou ao intervalo.
Com o jogo em 'águas de bacalhau', Carvalhal tirou Lucas Piazón e Ronan David para lançar Diego Lopes e Mehdi Taremi. Contudo, as substituições não surtiram o efeito desejado e os homens das Terras de Sicó continuaram intransponíveis.
Até ao final, o resultado não se alterou e o Rio Ave confirmou a passagem à próxima eliminatória da Prova Rainha, graças a uma vitória tangencial. Já o Condeixa (viu João Olavo ser expulso na compensação) cai na 3ª Eliminatória e deixa mais uma boa imagem da qualidade do Campeonato de Portugal.
Os clubes mais pequenos vivem para estes momentos. Tal como se sucedeu no encontro com o Nacional (há duas épocas), Condeixa fez novamente a festa da Taça no seu reduto. Os adeptos rioavistas também contribuíram e fez-se uma bonita festa
Pouco habituados a um relvado sintético, os vilacondenses mostraram algumas dificuldades em adaptar-se e isso refletiu-se numa primeira parte pouco conseguida. O segundo tempo também foi difícil, mas valeu o golo.
Jogo tranquilo para o árbitro Iancu Vasilica, que não foi obrigado a apitar muitas vezes. A decisão mais difícil acabou por ser a expulsão de Matheus Reis, à primeira vista, algo dúbia.