Dia de sol, Afonso Henriques bem mais despido do que o habitual, face ao horário e ao período de férias, e relvado em ótimo estado para a segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa. O Vitória SC trouxe de Ventspils uma vantagem justa, confortável e que espelhou perfeitamente a diferença entre os dois conjuntos. Em Guimarães, as memórias de um encontro de sentido único e a sensação de um super favoritismo regressaram com toda a naturalidade do mundo. Os vimaranenses repetiram a dose, golearam um rendido Ventspils (6x0) e acenaram pela primeira vez ao play-off.
Se viu com atenção a primeira mão, na Letónia, este duelo na Cidade Berço traz-lhe muitas memórias. Porquê? Porque, para além do resultado idêntico ao intervalo, o encontro teve exatamente a mesma toada, Vitória e só Vitória, e Kudrjavcevs, guarda-redes que foi evitando uma tragédia de maiores dimensões.
Do lado contrário, Igor Klosovs alterou o sistema, trocou algumas peças e viu de perto a incapacidade dos seus em contrariar o poderio vimaranense. Ficou evidente a maior aposta no jogo direto para a velocidade de Tosin, nigeriano que chegou a provocar um o outro sobressalto na área visitada.
O Ventspils causou o pânico à entrada da segunda parte e parecia disposto a dar um ar da sua graça. O problema é que Davidson continuou endiabrado e a bailar no flanco esquerdo, Rochinha mostrou veia goleadora e, num ápice, o 3x0 estava instalado no marcador. Como se fosse um passeio de domingo...
Um autêntico banquete que no meio de tanto desperdício de alimentos deu para entrar na história. De recorde em recorde, desta vez com mais do que uma mão cheia. Eis a maior Conquista de sempre na Europa.